quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Desencana

Os presentes foram devolvidos.
A educação superada.

Os dons inventados.

Maldições perdidas.
As bênçãos ignoradas

O coração calejou
A cabeça roda...
E tudo gira e revira:

A constante mudança: mudou!
a dança ao som entre as notas.
O canto na harmonia do descompasso.
O caos no compasso do passos.
Em sempre novas posições para os ossos.
Pois ainda me ajeito dentro de meu corpo.

Desestrutura

Quando pensei estar tudo bem,
reproduzi um inferno passado.
Desci um tanto e até cavei o fundo!
Criei um demônio para me possuir
e trouxe à vida um estuprador.
Trouxe para me violentar!

Quando o amor atrofia, seca e cai
e o coração bate sufocado
ela vem gritando.
Vem desvairada, vem insinuante.
Vem quente, vem toda pirada!

Viajantes

Um tanto de qualquer coisa atalhados,
transviados entre fendas do saber!
São trilhas por outras percepções...
Eis os mais fortes:
os que deixam os olhos salgarem os lábios;
os que se deixam aos sonhos que aqueçam os corações.

Sobre o Fogo e o Ar

Um dia sonhei com a noite
e nela vivi os dias com quem,
distante dos tempos, me encontrei
por mais de mil vezes.
Tanto até o fim daquele feliz mês.

E veio, foi e levou
aquilo que está abafando
Quanto oxigênio resta para a chama?

Qual a dívida de quem se joga e se ama?
Um o amor não é roupa que se troca,
que não é corte ou cor de cabelo que se muda,
um amor que não é veículo novo que se compra!
A dívida são olhares que se desdobram no desejo.
Toques que deságuam na inspiração
É, eis o preço que se paga:
o amor se rebela contra a ordem e a razão
e tudo fica bem!
Quantas chamas serão acessas?
Quantas precisam ainda morrer...
Que me consumam e que me inflamem!

De Enfeite

E essa sua maquiagem de felicidade.
Sim, essa que esconde todas suas belezas e
enfeita suas ancias de angustias.

Para Ela

Queremos encarar as tristezas,
mas ela vai cair e vamos sair.
Ouvir músicas, beber e dançar!
Por hora ela não se vai,
E quando se for... Irá para voltar:
assim como imaginamos.

Agora ela está e não vamos esperar!
É nossa hora para nos declarar.
Olhem!
Ela possui todas as estrelas
e também aquela que a esconde em sua luz.

sorriso. outro Mais

sorriso ó insinuante. Doce
todos Que dias. os vejo linda
espetáculos. simples como Linda e seus
você quero Eu sentir calor. Seu
ao horizonte. consciência minha Como
junto planeta. curvas Dobrando
todo você. vejo-Me preso...
tolo. tire tolo que sou ela do. quero-o

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A Dama Dentro da Pedra

Passe a tinta no papel.
Deixe deslizar, ela já existe...

Nos seus cantos e encantos,
nas glórias do desespero.

Abra então com as mãos
tua cabeça, nela solte-se.

Lembre-se, se esqueça!

Para a viagem do leitor
Nas imagens dos seus próprios pensamentos.
Os mais belos pássaros entoando lindas músicas.
Amáveis moças doces como à felicidade

Todos e não apenas únicos:
Um de cada vez e todos ao mesmo tempo,
dispersos e unidos,
metódicos e caóticos!

O rebaixar da aventura ao medo,
da luxuria à beatitude,
do amor pela vida ao medo da morte!
O rebaixar da loucura à sanidade.
E tudo também ao contrário,
tudo com outras formas, várias.
É o que diz a dama que saiu daquela pedra.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Nossas Coisas

Muitos são os dias para enfrentar.
Alguns com noites e escolhas para celebrar.
Entre a estupidez das glórias
e a virtudes dos fracassos!

Procuramos lugares para nos encontrar!
Lugares que permitam nos desvirtuar!

Quer-se gritar, se quer dizer:
Amor não tenha pena!
Não sinta pena de nós!
Seríamos ridículos...
Mas não seremos dignos de tal título!

Entenda!
Veja a expressão de sua indecência.
Pois a dor deixa mais forte.
E toda a força se vai para a vontade.
E de vontade são feitas todas as nossas coisas

Donzelas Mascaradas

Sob a delicada mão firme repousa a da outra:
uma macia mão sutil.
Elas dançam no grande baile de máscaras.
Tão sóbrias e coesas aos próprios olhos.
Pois uma é cega,
mas acaba que vê através da outra.

Apaixonadas, taradas de excitação.
Viciadas na segurança da imagem!
Pois ainda mais um casal acomodado.

sábado, 30 de outubro de 2010

Escuridão em Claro

Antes do canto dos pássaros noturnos
escutei outra vez tudo que julgava saber
e não era nada do que eu queria.

Contudo os pássaros noturnos cantaram,
voaram...
Rasantes e manobras...
Tudo em volta de minha cabeça!

Inventei um bom presságio
ao clarear da noite para seu próprio fim!

Vesti de volta minha sombra
Ela não descansa.
Nem escondida atrás de mim,
quando diante a luz das verdades.
Nem escondida em tudo na escuridão das mentiras.
Pois o desafio não é o obstáculo:
é ter a vontade para saltar!

destorcida. uma outra Mais

sorrisos devaneios. de Os
lugar. esquecidos Belezas algum em
pelo Engolidas tédio
massa! pela grande não Aquela percebe que
plena nossa em sintonia lugar.qualquer Estamos
entender: é Isso
grande Nossa questão. Única e
saber Muito situação. está exige

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Fria

Quando tudo é novidade
doce como o cheiro das manhãs,
zombeteiros sorrisos para a labuta.
O destrinchar as dúvidas, o
desembaraçar das perguntas.
E vem indecente!
Incomunicável como a negação,
sua mais vulgar manifestação:
a negação do amor, contra a vontade...
Tão arbitraria quanto é,
Também carregada de todo o agora e
eis que a água já está morna!
e logo a esperança nada em fria...

A Parada

Um dia sonhei com um dia,
um dia em que desci dos dias.
E cavalguei pelas noites
num além do sonho da imaginação
Estava tudo no cartaz,
com a estúpida propaganda
e pleno como um outro amor!

sábado, 25 de setembro de 2010

Macacos Coloridos

Somos animais auto domesticados, habituados a viver em ambientes artificiais... Lugares com maiores dificuldades para abrirmos a percepção e sentirmos tudo que realmente nos rodeia. Limitamos o meio para nosso conforto e segurança sob a imposição de normas convencionadas que restringem nossa natureza, aumentando assim a possibilidade de controle de homem pelo homem e diminuindo a compreensão de nossos desejos. Vivemos a ilusão de que somos uma raça eleita para ser a imagem e semelhança de entidades divinas criadas por nós mesmos.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Caverna de Espelhos

No reflexo do eu sem nexo.
Pupilas de cores e dimensões diferentes.
Todo o desejo espiritualizado.
Algumas das ilusões jogadas no ralo.
Outras coroadas com a jóia da vontade.
O reflexo filho daquele garoto.
Macaco branco de olhos castanhos,
Deixa-se aos devaneios para seus focos.
Reflexo desconexo no universo de um grão de espelho.
Vestido de alma, pele e osso.
Viu nas cavernas encruzilhadas!
Assistiu a metamorfose dos seus reflexos!
Viu que para estar vivo,
não basta apenas não estar morto.

Vozes Imaginárias

Ouça suas vozes imaginarias.
Tragadas de lugares que não existem.
Traga-as ao fim das eternidades.
Do ventre de seres místicos mães da razão,
Ouça as vozes imaginárias, deixe-as cantar!
Ouço-as profanar, gritar, irritar...
Ouço seus sorrisos, seus olhares, seus toques!
As críticas, os elogios, os desejos.
Ouço fazendo-me perder, me repensar.

Eterno Retorno

Como são?
Quem serão eles, de onde, quando virão?

“_Estão para chegar!”
“_Estão para chegar!”

A anciã vivia gritando:
“_Estão para chegar!”
“_Virão nos encontrar!”
“_Será a aurora da escuridão!”
“_ O início de mais um tempo outro!”
“_Sim, devemos nos preparar!”
“_Sim virão, estão prestes a chegar!”

A velha cantava desde nossas infâncias.
Agora eis que somos nós os velhos!
E ela com o grito cada vez mais alto:

“_ Estão para chegar!”
“_ Estão prestes a chegar!”

Em sua gruta guardada por medo.
Ficava cada vez mais jovem
como as verdades ultrapassadas,
como a imensidão do nada e o vácuo de tudo.
Como o sangue que envolve a paz!
E também como o sorriso dos descrentes.
“_Serei eu louca, ou vocês os cegos?”
“_Não existe propriedade da consciência.”
“_Não existe imposição da consciência.”
“_Eis a liberdade inimaginável...”.
“_Aquilo que nos libertará.”
“_Sim, devemos nos preparar!”
“_Pois eles estão prestes a chegar!”

A Arte da Ilusão

O bem eterno e o mal também, amém!
A magia das superstições,
As instituições divinas.
A verdade da vontade e da fé!
Mitologias passadas e as do agora!
Misturadas, fundidas refundidas.
e ainda mais outrora
A magia das crenças, a crença nas ciências.
Os professores da submissão e obediência.
Os profissionais da razão e da moral!
Uma sociedade de consumo de consumidores.

Chamados Por Diversos Nomes

Caídos em abismos de alta tensão.
Deitados sobre brasas de imensidões outras.
Alternados... Atentados...
Ao vão do chão ou do teto,
onde a serpente seduz com escamas chaves...
E na porta uma flecha o querubim atirou!
Talvez a porta para um novo mundo sem começo,
meio ou fim.

Serpenteiam pelo salão sinuoso ao calor do som
de milhões de gritos, ao vento de asas quebradas.
Anjos caídos e toda a sua sensualidade...
O seu charme de expressão.
Toda a ociosidade de seus enigmas.
Todos os medos de suas promessas...
Todo o capitalismo de seus acordos.
Todas as curvas, olhares e sorrisos
como das mais lindas ninfas.
Aprenderam com seus pais,
Alimentam-se da submissão e penitencias,
viciados em promessas e dívidas
Filhos atirados ao abismo!
Revoltos irmãos roubados e traídos.

domingo, 19 de setembro de 2010

A Favor do Vento

Como saber...
Pra que definir?
Não vamos teorizar
Não vamos nos restringir

Pois a vejo de olhos fechados.
É tal qual sonho...
Só que loucura acordada!
Onde o tempo corre junto ao vento.
E você do meu lado...
E o vento para o espaço...
E o universo em sentimentos.

Tomo-a nos braços
Pego em sua mão!
Qual seria a direção?
Vamos! É só não soltarmos as mãos...

A Companheira

Ao meu lado tenho só ela,
tudo que já suportou,
tudo que atura.
Tudo que me alinha e entorta!
Eu jogo o seu jogo...
Ela diz seu nome.
Um que eu mesmo o inventei.
Junto ao dia em que a conheci.
Pois ela sempre esteve logo ali.
Eis que agora nos amamos.
Mais de mil verdades pode mostrar!
Abre-se a todos que querem se expressar!
Para ela liberdade é pouco...
Sou apenas um entre seus amantes.

Seu Nome

Sorrisos misteriosos em tempos escondidos.
A eleição dos palhaços e dos sérios.
Dos doutores e dos ordinários.
Eis cenário para o amor e seus martírios.

Espero, procuro e quero!
Sua sensualidade, sua beleza.
Aos meus olhos...
A sedução de sua natureza.

Em qualquer das cidades.
Por todas as noites e dias,
Diversos momentos de felicidade.
Ao nascer e ao se pôr!
O encanto do florir de seus lábios!
O calor de seu corpo,
a intensidade de sua alma
O sabor de seus olhos
radiantes cor de Sol...

Desencanto

Noite de magia quebrada
Enfeitada de paixão feliz e toda desencantada
Quebrado e digo forte juntando pedaços.
Na noite que os sonhos não respiraram
sufocados por idealizações...
Jaz num caixão de música banal e esperas
Sonhos cremados na pira do preconceito

Quem sabe amar?
Quem sabe arrisca!
Quem sabe se joga!
Quem sabe se quebra...
Quem sabe voa alto,
mais que a altura!
Lindo
como um som inspirador
Sincero
como só ele mesmo
Como o amor!
Que um belo sorriso deixou para se abrir!

Aqui

Aqui

Fui pra onde 
não sei!

Onde sei 
que não sei.

Fui pra onde
só sei...

Que os meus 
olhos podem se perder 
nos seus.

Vida

Diante ao medo do fim celebram sua chegada.
Pois ela virá mesmo para os inertes na bonança,
para os escravos do sossego, para os reféns da rotina
e também para os dependentes da segurança.

Sim, sim!

Ela virá como uma deusa de exuberância,
tão bela quanto insinuante.
Linda como a postura da vontade e força,
nata como o frágil conforto da hipocrisia.

Sim, sim!

Ela virá tão segura quanto o medo
ou tão instigante quanto o mesmo.
Virá tão frouxa quanto a hipertrofia da coragem
ou tão esticada para tocar a mesma.

sábado, 18 de setembro de 2010

Estilos

A eternidade de paz pós-provações...
A conformidade para todas as dificuldades.
Ajoelhados diante a imposição das privações!
Submissos às concentrações.
Aglomerações de velhas frases velhas;
pálidas rimas de verdades convencionadas,
apenas moralizadas,
sermões de monotonia.
Reformas de Moralidades Fúteis.

O caminho turvo, num inferno no céu de alegria
de tormentos, anjos demônios, fogo e nuvens
Com toda a elegância da descompostura.
Com todo o charme da infâmia...
Boemias ao amor de psicodélicas melodias.
Onde se desnudam os dogmas,
Lá, onde mudam as crenças.
Onde o homem existe e então pensa!

Hei Você!

Hei você sem medo de amar,
corre para o excesso,
vai à intensidade, deixa e joga,
confunde e se perde. Acha-se e mexe.
Tenta-se e se experimenta!

Hei você que descobriu o suficiente
e agora bebe nada, ou bebe suave,
ou doses dobradas e todas elas.

Hei você que imagina um sorriso e sorri...
Imagina o amor e ama!
Tem um sonho e sonha!
Hei você!
Perde-se e se acompanha!
Que com um primeiro passo
dá início as mais loucas campanhas...
Hei desbravador de florestas, desertos,
cidades, mares, vales e montanhas!
Hei!

começo! o é Agora

plástico. vivo Vivi num e
um hà pouco escolhi ácido. Mas
ou errado. certo sei Não
em Só vão. será
eu Se acreditar. de deixar caso
animal seria eu Que acreditar. de deixasse
música tudo disso E também? no cabe meio
também? música tudo meio no E cabe disso
disso também? música no tudo cabe meio E
questão! é grande Essa a.
a ostento Mas certeza! eu
música mais a A próxima. estrela é
sol a O pista ilumina de dança. que

Formúla Anti-Vida 1: Os Idealizadores do Mal

Eles são feitos de nós!
São filhos renegados,
bastardos dos julgamentos.
A morte do indivíduo.
São as injúrias, a aversão ao desconhecido!
Hidratam-se na fé da calúnia.
Na violência contra o que se teme!

O que é bom senhor?
O que é bom doutor?
Mais quais as medidas?

Nascem do ventre de vidro!
Suas vindas são pela morte de suas mães!
Suas imortalidades bebem o sangue
de fracos submissos, escravos e covardes!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A Não Conhecida

Nossos maiores experimentos.
Fluidos de acasos nas veias dos destinos.
Para esconderem da rotina que rodeia...
Onde a alegria é a expressão de desespero!
Precisamos nos declarar.
Eis que surge uma desconhecida!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Cerca

Obra em comunhão caótica.
Todos e tudo, nós, nossa volta.
Sombras de nossas almas;
tatuadas em meus ossos.

O medo da potência e sua vontade.
O medo de sonhos alucinados!
Um medo acuado, cômodo...
E o medo de tê-lo.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Uma Noite Para Celebrar

O tempo de dançar e gritar.
Um dia para a tribo.
E somos todos nós!
Pele negra, branca, amarela ou vermelha.
Todos num ritmo consagrado.
As experiências antigas...
Os experimentos novos...
A juventude louvando o passado.
Para o novo ser venerado!

sem título 4

Como uma criança saboreando a primeira experiência
que não sucumbe diante a fragilidade de todas as leis
de valores que estão pervertidas há milênios.

A liberdade sepultada sob nossa inteligência.
Sobre jovens que se calam
nem por decreto, nem por lei.
Apenas temem o fogo do fim

Quero ver o fogo...
Quero sentir as chamas...
Proclamarei todas as blasfêmias!
Pratos suculentos e indigestos!
Que alimentam todos os mortos de fome!
Na sala onde se velam todos os medos.
Onde estão sepultadas todas as certezas.

O Lugar

É onde está!
Toda a existência, toda
interpretação, toda
magnitude, toda
simplicidade.

Ao se esvair ou ao
se libertar... É tudo
que realmente pode existir.

Não irá somente para ti, ó senhor de si!
Aquele que sorri, chora, vive a glória!
E também sua perdição. Amém!
Será o servo e o senhor de si. Amém!

Onde vive senhor de si?
Vejo-o por momentos,
talvez durante seus instantes.
Não é nem quer ser a todo
e qualquer tempo
sempre seguro e confiante.
Desatento, olha as dúvidas...
Vive um talvez,
mas à procura daquilo que quer.
Pois o lugar é onde está!

E Lá?

E cá ao lado delas.
Serão sempre minhas!
Ou serão do pasto?
As mais sutis loucuras já degustadas.
Não, não é preciso mais nada.
Quando se morre com vivacidade

Pois toda idade é tempo.
E mais uma vez outra.
A deixar vagar ao infinito.

Talvez eu tenha razão.
Mas certamente não.

Medidas desmedidas
não devem valer nada.
Mas nada é alguma coisa?
Ou é coisa alguma?

Escolha mais uma vez, eis:
é o que nos importa,
é tudo que nos suporta!

E cá, ao lado delas, recebo os beijos e
o carinho de minhas lindas.
Uma novela insana de fome de amor,
de um amor juvenil que percorre a vida,
que troca de roupa, que troca de pele!
Que troca de olhos, que troca de alma!
Pois tudo que se procura cá...
É estar à procura!

Feliz Aniversário Maria Julha!

E agora? Quinze anos...
E quando não entender.
Quando nem ao menos souber perguntar.
Onde os riscos oferecem garantias.
E todos e elas vão passar.

Mas no dia em que imaginar um significado,
terás um sonho a cultivar em seu jardim!
Daqueles com todo, algum e nenhum fim.
Então vai compreender para se confundir,
perder-se e se encontrar.
Vais enfrentar e agir.
Sorrir, viver e nunca mais pousar!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

normas. embriagues das Um brinde: à

Estar sono! com
antes de dormir. Mas fazer,
irromper. Entendimentos misturar,
singularizar transcendências as.
mim em Cair.
versinhos Mais alguns.
poeta é Ninguém! ninguém Sabe que é.
que não pode saber Sabe!
pele. sua Veste-se de
o por todo corpo até Ajeita-se dedos. os
vou. E agora
inconsciente. Jogar-me no
do alvorecer. Até pouco antes
a escrever sobrou. O que desse ser
compõe. Que em agora outro
mim? O que de será.
obra a grande Talvez minha?
mundo todo Talvez a sua seja!

sábado, 4 de setembro de 2010

Segunda Feira

Ela canta de cheia!
Olhe para o arco ires lunar e
faça seu pedido,
Jogue se pelo arco ires da Lua
Veja sua coroa colorida,
e ela com uma face toda nua,
e a sedução de outra obscura

O tempo da Natureza foi esquecido.
Soterrado por calendários impostos,
confusos e contrários!
E as estrelas entre nuvens.
Os relâmpagos e os ventos de Sol.
Então eu uivo...
Tão alto que não se pode ouvir!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Mesmices

Nas vitrines.
Nas prateleiras.
Nas bolsas e carteiras.
Sons industrializados.
Imagens enlatadas.
Sob as grandes luzes.
Artistas submissos...
Marionetes, passivos.
Tudo por muitos trocados.
Eis que és justificado!

O medo do proibido...
A inibição da personalidade.
Submissão dos sonhos.
A banalização do amor...

Teorema Infundado ou Pleonasmo

Não que alguém viva a alma de outro.
Mas que possa espiar essa alma e ver sua cor.
E como ver a passividade de interpretação.
Ou seu vermelho é o mesmo que o meu?
Pois aquilo que amarga uma boca, adoça outras.
E quando alguém abraça o outro.
E quando o outro abraça alguém,
Pois quando todos os Deuses dizem amém
e todos os Diabos gritam transem.
Quando dois corpos vestem a mesma pele.
E por algum tempo...
A solidão seca, e floresce a floresta.
Mais de mil desafios, mais de mil e só a dois.
Mais de mil desejos juntos e ainda separados.
Singularizados com nossos lados,
amando nossos defeitos perfeitos.
Espiritualizamos os nossos desejos
Talvez uma síntese do amor...
Quatro notas para um novo estilo.
Gritos sobre a criação e a condição das gerações.
O amor, seus mistérios e soluções,
suas alegrias sofrimento sua situação!
Eis o que nos seduz,
As possibilidades, a euforia dos sentimentos.

domingo, 8 de agosto de 2010

A Moda Espírita

Sob a tirania dos planos.
Das armadas do capital.
Junto ao vai e vem dos operários
Trafego mais pesado, menos iludido.
Mais consciente de tal diferente.
Uma natureza mais vontade
de potência e sua imanência...

Mais pesado,
pois não posso mais me alimentar
dessa nossa grande fome

Mais um papo superficial
com destino ou acaso
como a encarnação de punição:
condenados por crimes
de consciência outra.
Reféns da hierarquia eterna.

Vejo-os e aos médiuns!
Vejo elos com antepassados...
Presentes em nosso sangue e
no ar de nosso sangue
Consciências inconscientes,
Atribuídos a sentidos que entendemos.
Mas é o brilho de nossos olhos.
Nossas extensões.
Irmãos das demais entidades...
Uma nova e absoluta explicação.
Uma história sobre milhares
e nenhum instante,
que nos leva para todos
e lugar nenhum.
Com tudo
e também
com nada
algum.

tão desconfiado. Ando

dos desmandos. meus Até mandos
sombra. da própria minha esconder Quero...
de noite! uma Preciso
de solidão... noite Uma
imerso mim. em noite uma De
me em consumir. Penso
pensamentos. Confrontar meus todos
de mais Nos batalhas. campos diversos...
versos Eis dos sutiliza. grande a
a reverenciar Ao arte guerra. da
guerra arte. Ou da...
estou. desconfiado E
próprio meu corpo. que vestindo Meio
macaco das. espécie Uma
branco, Macaco pez. só agora calçar falta os apenas

sábado, 7 de agosto de 2010

Minha Besta

Acuado na terra imaculada e protetora.
Sou o pai da dor a qual quero me expor.
E dentro do coração o futuro é de cinzas
Pois as chamas consomem meu último suspiro...

Minhas saborosas ilusões cortam o estômago.
Trevas correm em minhas veias.
Relâmpagos iluminam as incertezas.
As garantias foram crucificadas
e ressuscitaram com sede de vingança...

Por Um Momento

Desligue-se agora de todos os seus vícios
De todos seus complexos
Livre-se de seus artifícios
Livre-se do que tem nexo

Desligue-se de todo
Não pense em nada
Deixe-se no som
Perca-se na levada

Quero ver você se requebrar
Quero ver você se remexer
Deixe a música te possuir, mexa-se,
Vai ser fácil se entregar!
Jogue-se e deixe fluir
Deixe seus pez deslizarem
Sua coluna se entortar
Seu quadril remexer

Desligue-se de todo
Não pense em nada
Deixe-se no som
Perca-se na levada

Apenas Um Dia

Pois passou
e me deixou,
onde não sei quem sou
Não vamos nos limitar a isso "ou"...
Só pode perder quem encontra
Amigos ou amores em desencontros...
E o duelo dos egos
Perdido para um novo outro!
Dentre preciosidades de tolos...
Pois ouço rimas quebradas...
Na terra das possibilidades
O sonho sonhado ao lado da amada
A vida além da imortalidade
Pois ela dança no ritmo da melodia!
Sem hierarquias,
Pensamentos e universos...
A confusão inversa em rimas e versos
E o público em posições diversas.
Apenas um, nenhum e também todos de tudo e de nada.
Ou apenas um dia de caos!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Pedalada. Outra

mal hoje. Acordei
quero Não diferente. que seja
beleza. ver posso a Agora
do sofrimento. A virtude
natureza. por Estranha
mergulhar montanhas. rios Escalar ou
sinuosas. retas Imaginando
o Crianças molde. velho sem
que pensar insanidade também. a escrita Seria
meros. acasos num destinos que Será me perco ou encontro ou me
respeito? é submissão Quando
escrita a é escrava. Quando

Depois que Acabou

Para dormir: insônia.
Para acordar: sono.
Para viver: morte.
Para morrer: vida!

Eis a sobriedade entorpecida!
Eis a loucura sóbria!
Passam-se sete anos em uma onda
e o primeiro dia em terra é o inferno.
O janeiro da noite é além...
O segundo dia é de tudo isso
muito mais que aquém.
Fevereiro da noite descanso tem
Os terceiros se fundem em tragos
São fogos... O mato vem!
Diminuo os caretas, faço-o de seda.
E vem o fogo... E então canto amém!

Enviem-me Um Maço de Cigarros Barato!

E ela foi vista
Foi a seco engolida
Indigesta aos ouvidos
E ela foi vestida:
Eis que agora usa!
O que é preciso...
Tecer mais algumas?

Diante da donzela cega e armada...
Quem é que deve se explicar?
Quem deve se calar?
Afinal, é para se esbaldar!
Poucos flutuam, tantos afundam.
Será como o oásis para a amada!
Veja o oráculo!
Revela um futuro cheio desse agora
Desses desejos e beijos...
Aparências, pó, pedras e lama...

Para os senhores que tantos amam!
Toda a ilusão da grana!
Para a amazona que a tudo enfrenta.
Desejo toda a glória para sua fama.
E o oráculo revela uma estrada...
Com tijolos de ossos até seu paraíso.

Vamos ter fé no bom samaritano!
Que vem simples e sorridente.
Abraça a todos sem frescura.
Abraça todos os pobres e doentes.
Enquanto pelas costas os perfura,
descansa em corações carentes
um punhal feito de ilusões e ternura!

Falo de nada, fala chapada,
sem moral, sem razão!
Sem fazer a mínima questão!
Tudo que vejo é uma corte indignada
com o povo e sua indignação...
Apenas uma repetição do passado!
O descaso como situação
Pois o canto é para as gerações futuras!
Proponho a rigorosa donzela:
um brinde à livre expressão!

Eu Ainda Vejo a Linda Garota

Procuro-me na confusão em mim!
E eu ainda lembro de seu corpo moreno.
Sua pele quente, seu perfume, seu beijo
Todo o corpo... Puro e esperto!
De seus olhos negros como o sorriso da noite.
De noites deixadas para algum amanhã...
Que pode ou não acontecer!
Talvez cheio de graça:
às vezes prometido com um belo sorriso forçado.
Talvez um amanhã de desgraça:
Ou no “não dia”, obscuro em dádiva!

Nos dias de estradas entre noites e encruzilhadas
Cuidado com os desgraçados
e muito cuidado com os bem aventurados

Na fé além de Deus ou do diabo
Onde Tudo é o que não foi prometido para o amanhã.
Tudo de subir, ler, descer, jogar, ensaiar, escrever e viver...
Pois amanhã é agora e agora é amanhã,
Ontem é já e hoje também é.
Inferno ou paraíso: onde e quando fluo e vivo,
iria e estou, agora penso, ajo e existo: sou... É!

Assimilação

Aglomerações de velhas frases velhas;
pálidas rimas de verdades convencionadas,
apenas palavras estupradas...
Abstemias poesias: sermões de monotonia,
Cultuam Reformas de Moralidades Fúteis...

O caminho turvo, num bestial céu
e seus anjos e demônios, fogos e nuvens
Com toda a elegância da descompostura
Com todo o charme da infâmia...
Boêmia é tal melodia
Onde se desnudam dogmas,
Lá, onde mudam as crenças...
Onde o homem existe e então pensa!

domingo, 27 de junho de 2010

Sombras do Dia a Dia

Confuso pelo sono descartado.
Pego e pago pelo encargo
para aos sonhos brindar.

O que ele realmente enxergava?
Por que sonha acordado?
Porque vive sonhando!
Uma vida de real e outra de sonhar...
Deixe-as se misturarem!

Quando o dinheiro é amargo?
Quando é colocado na boca!

Onde guardou se panapaná?
Na atmosfera ou em sua caixa de pandora?
E o mal de muitos, para alguns é a glória...
A atmosfera de muitos, para alguns é fornalha.
Poucos entalham e muitos retalham...
Todos negam, escondem e se rebaixam...
Procurando algum sentido na razão:
a mais cocaína das ilusões!

Alguns experimentam, se mostram e se impõe.
Deixam fluir incertezas onde se encontram
Muitos e alguns se alternam na imensidão dos dias
De julgador a julgado, de agressor a agredido,
Estar no alto a estar caído, destruído...
Não morto, ainda mais vivo! Renascido!
O que vem a ser a psicodélia para a compreensão?
Apenas mais uma explicação...

Ela Tenta

Sinto-me cansado, exausto.
Exausto disso.
Vivo e vejo.
Ando pelas paredes, deito no teto.
Frágil para me fazer de forte.
Mas eis o curral, eis que pasto.
Eis que agora me vejo no rebanho.
Eis que agora me vejo dentre todos os planos!

Eis que agora já é outro.
Ele é sempre novo! Sempre...
E a insegurança tentou me atacar,
mas com ela me atraquei, meti! Transei!
É pura força, é louca vontade.
És finada, então erro e agora
solto fogos em seu velório.

Até arrebentar, até explodir.
Não entender, não se sujeitar.
Vou gritar ao sorrir.
Vou gritar ao chorar.
Quem cala o existir?

Para Esquecer

Perdido no labirinto.
Assando o Minotauro.
Trepando com fadas
e cheirando seu pó mágico...
Trocando idéias
ao dividir o cachimbo com o Sasi.
Virando os pés para trás
curso montaria em javali
ouço as dicas de nosso curupira
“Pira!”
“Chama!”
“Chama!”
“Chama!”
Inflama, apaixona-se!
Três vezes em uma noite
Alucina...
Por todas as noites
Apaixona-se e desincana!
Alucina e chama!
Já com o Deus ressente:
ardente ressaca de cotidiano.

Aos Sonhos II

Pesadelos enfeitam os jardins de subjetividade
e colorem de sombras os sonhos
com os demônios irmãos em julgamentos
e com todos os deuses rivais iguais
com seus castigos e tormento...

Vejo-os em olhares próximos,
pois idealizaram a cura,
estipulam a medida da sanidade,
exigem as juras.
Querem escrever a sorte outra
em livros aquém das leituras.

Mas pesadelos assustam mas não adormecem,
eles morrem ao nos acostumar, ao despertar.
Já os sonhos roncam...
E sempre escutaremos seu ruído triste e distante,
tão mais alto e triste quanto mais distante...
Sempre e sempre a ressonar
Vão-se por uma estrada de tempo.
São sonhos adormecidos se contorcendo na cama,
tentando deixar ao vento tudo que a gente ama.

Livre de tais julgamentos
Rivalidades e de todas as medidas
Ladeira acima ou abaixo...
Sejamos sempre dos sonhos amantes

sábado, 26 de junho de 2010

Dias, Sonhos e Templos!

Mais um dia, um dia comum.
Outro dia, um dia algum.
Mais um dia, único!
Outro dia, um dia um
Um dia depois de outro,
um dia antes de nenhum

E temos um sonho
Um sonho sem dormir
Sonho outro de tudo
Sonho algum de nada

Era um templo de paz sem entrada
Sonhei ao despertar
Era um templo de paz sem muros
Nem escuros ou claros...
Nem de todo jeito ou de mais alguns outros.
Um templo de sentimentos...
Além de ouro pedra ou madeira!
Além das mentiras e além das verdades...
Inimaginável por nossa compreensão!

Após Seus Olhares

Ao pôr das certezas:
novos horizontes.
Ao florescer dos desejos:
um novo começo.
Ontem ou amanhã, aqui ou ali...
Não importa! Tudo é toda hora!
Meu não entender é assim:
confundir para compreender,
querer aos montes, querer agora:
mil momentos dentre todos os instantes...

E as experiências não garantem:
perder ou vencer, acertar ou errar...
Será triste ou belo?
Não importam tais sentidos meros...
Pois as repostas estão garantidas!
Anulam idealizadas expectativas.

Vejo atraente, insinuante.
Sim, mergulho nesse sempre novo.
Corrente como as águas de um rio!
Submerso na magia de seu sorriso,
no gentil brilho de seus olhos.
Em seus beijos ardentes
Nos seus seios macios...
Na suavidade de sua voz.
Quero navegar em seu universo...

Sim! Estou pensando em nós.
Num tempo livre de datas ou horas.
Num mundo livre de nenhum e de todos os lugares.
Pois o medo de ter medo a muito mandei embora...
Foi-se após os seus olhares...
Minhas musas: minhas experiências!
Todas as doces percepções nuas!
As puras mães das respostas e perguntas.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Aonde Escondeu Seu Brilho?

Acorda sonhando com a noite.
Mas o Sol ainda não veio.
Talvez hoje não se mostre...
Mas agora chama e ilumina as nuvens
que pesadas choram
com uma calma desesperada...
E o dia se dobra.
E a noite canta!
E agora o negro véu se abre para as estrelas.
Servem-se salgados e doces
Eles cantam, dançam.
Elas dançam, cantam...
Encantam-se.
Os corações se tocam.
As bocas ouvem.
Os ouvidos gritam:
imploram que a noite persista.
Mas a estrela próxima volta ao céu
e esconde com luz todas as outras.

sábado, 19 de junho de 2010

A Cabeça...

Sinto-a escorrer rumo...
Correr pelo mundo, dentre montanhas e vales.
Sinto-a solta, desprendida.

Aos olhos das Damas uma desejada profana!
Aos olhos das de labutas uma gentil vagabunda!
Ela mergulha insana, ela se deita e ama.
Ela é exibida, se morde e se machuca...
Ela se faz forte: eis a lei acima da lei!

Entre os cortes, arranhões e quedas.
Junto aos centros e guetos,
com fé no destino do agora
imagina e transa com a sorte...
Louva a vida antes da morte...

Deve ser essa sede seca, essa fome vazia...
Ou serão os jantares repletos e copos cheios?
Deve estar sim, um tanto quanto: variável,
como todas as medidas.
Deve estar assim, caída há tempos no céu
e voando num poço sem fim...
Deve ter sim, realmente ela...

domingo, 6 de junho de 2010

As Chaves

Desenhe símbolos no ar...
Expresse chaves para o existir...
Existem chaves para expressão?
Quais seriam as fechaduras então?
Eis que se desnuda a questão!

Atrás das portas do seu quarto,
quando a luz noturna está no alto:
rolam loucuras: imagina,
perceba, raciocina: subconscientes...

Sem horror, entenda o medo!
Derrube os muros de rancor.
Celebre sobre os destroços do pudor!
Navegue a deriva, pilote em queda livre...
Destranque as portas...
Não se meça!
Passe pelos buracos das fechaduras...
Seja as chaves, seja as frestas!
Pois és as trancas, és as portas!
Vá!

Álcool

Idéias se renovam mesmo!
Bebamos a esmo, bestas,
calafrios escaldantes.

Entre a idade da razão e da loucura
Entre gastos estrondosos
para suprir a solidão virtuosa.

Escondido na luz que cega!
Ao fim de outra noite amanhecida.
O copo vazio...

Mas ao passar pelos portões.
Sinto alívio e uma nova perdição!

Recebemos em noites de diversão!
Assobiamos cânticos mágicos.
Músicas para o destino.
Criamos oráculos e enigmas.
Podemos desenhar nas estrelas...
E todo um céu imaginamos
Nossa natureza:
aprendemos com os erros e enganos...
mas antes:
experimentamos!

Desapareci

Na noite que desapareci me esqueci
entre os suspiros das paisagens, o bailar das árvores,
o canto da lua, a coreografia das estrelas,
na unidade plural...
Desapareci, existi, uni!

Eu sumido, adocicado, misturado...
Nascido já absorvido...
Antes de ter percebido:

aquecido por música e diversão,
cabeça aberta e espírito inviolável!
Encantado por corpos e curvas:
incandescente, com a visão turva,
percepção oscilante, instável!
Derretida por toda a doce alucinação...

Mudo,
logo surdo para minhas lamentação,
invisível para minhas invejas,
de titânio para a avareza,
intocável entre a vaidade,
Sorrindo para a tristeza,
em paz frente à violência.

Desaparecido, imperturbável,
alheio as indecências.
Sumi para as falsas vontades.
Horas livres das vulgaridades...

A liberdade das estradas, as viagens.
As sutilezas das vertigens.

Sons entre as notas
Uma nova noção,
Um novo tempo, expiro,
miragens para enigmas.
Suspiro onde tudo respira...
Interpretar pergaminhos
Imaginar chaves para horizontes...

Sombras e vultos repletos de significado...
Quanto significado, todo ele!
Atribuído... Exemplificado:
Desaparecido entre dedilhados, batuques e distorções...
Doces horas invioláveis, invisíveis, imperturbáveis!
Entregue aos pensamentos unos ás canções...
Desaparecido...

Pantera Noturna

Diante mim todas as tentações e eu a bebê-las...
Rabiscá-las!
Deixo tudo em uma janela de esperanças.
São as portas para minhas lembranças.

Lindas como tudo que fica após o anoitecer.

Eu te amo! Durante seu show,
por toda a vida!
Minha paixão: minha imaginação.
Venha comigo minha amada, minha pantera noturna.
Hoje a noite se ilumina de escuridão
Afloram todas as nossas perdições.
Seu tempo é estar de partida...

Superstição

Deus se rendeu ao inferno.
Ele se tornou ocioso!
O demônio se rendeu aos céus.
E passa a eternidade entre pedidos e lamentos!

Outro deus e outro demônio se cruzam na travessia.
E na terra se unem: compartilham tudo que sentem!
Vêem que de tudo ali são crias...

Antes o homem possuía a ilusão da segurança vazia.
Agora escreve livre uma poesia que antes chocaria.
Mas agora inspira?

Ah se não fosse o medo...
Ah se não fosse a hipocrisia...

Queime essa poesia!

Ela, a Fumaça e Vento

Quero-a.
Quero-a!
Quero é ela:
amá-la, beijá-la!
Quero-a impossível,
quero encontrá-la.
Beija-la ontem, estar agora e sorrir no dia que vem...
Num sempre eterno passageiro e intenso!

Aquela que ainda não vi.
Seus sorrisos escancarados ao falar.
Olhos curiosos ao me ouvir...
Misteriosa ao se mostrar!
Curvas inebriantes!
Movimentos para enfeitiçar!
Imagens de vento na fumaça.
Linda e toda cheia de graça.
Dança para mim por quanto tempo?
Até o fim dos cinco minutos de tragadas...

Encanta, dança, dança, dança!
Ao ritmo de clássicos.
Sons mágicos.
Dança, dança, dança, dança!
Desenhada pelo vento na fumaça
Colorida de todas as cores por onde passa
É linda, quero encontrá-la, vou procurá-la!
Vou amá-la.
E ao desanuviar
Quero encontrá-la e que seja muito mais!
Muito mais complicada e imperfeita...
Muito mais linda que a perfeição ideal
da dança do vento entre a fumaça.

Outro Salto

Cai nos abismos do espírito,
busquei vales subterrâneos
através de cavernas e bosques...
Ao amanhecer da noite
que não sei se nova ou velha.

Após sonhos atemporais
onde a lembrança chia.
Idealizados desmoronados,
fantasmas da fantasia.

Entre sombras do meu ego arruinado
encaro as faces do espírito.
Para um amanhecer sadio!

domingo, 30 de maio de 2010

Um Brinde!

Ninguém nunca será tão jovem quanto agora!
Esse é o momento, pois todos vão embora...

Levantem seus copos, vamos!
Levantarei logo a garrafa, vamos brindar!
Um brinde a “ela”,
a musa com quem vamos todos nos deitar.

Não adiante desviar os olhos,
ela está em nosso próprio olhar.

Um brinde!
Brindemos a nossa certeza:
Brindemos a nossa finitude!

Um brinde a morte! (ao som do toque de taças transbordando vida).

Aos Reis

_Por que você acha que é escritor?
_Porque escrevo, porque me exponho!
Merda! Ponha-se em seu lugar...
Em seu trono: leia!

Evolução

Nos dias de sólidas fronteiras
Só em um mundo da energia mecânica
Em tudo que é canto... Tecnologias
Sinto náuseas
Desmaio em ancias...
Trago a nostalgia
Momentos sem a luz fria...

Ascendo velas e meus olhos descansam.
O fogo aquece...
Sinto no fundo da imaginação!
Mas o que seria?
Eu apertado entre tecnologias,
engolindo a mim mesmo,
vomitando os desejos.

Noite em Claro

Além da singularidade.
No infinito passado.
O futuro deságua no presente
O passado evapora de suas águas.
Desperto de madrugada,
São os gritos da rocha reluzente...
São os ecos de palavras ainda não ditas...
Entre páginas e páginas arrancadas.
O frio anuncia o astro nascente.
Vem comendo silêncio...
Pássaros despertando a música.
E ele vem incandescente,
Vem banhar os sapos
homens, ratos e serpentes.

Em claro na madrugada
Percepção, visão e vontades
Tédio, insegurança, medo
A pele enrugada, a grana a ser suada,
a devida, a perdida...
O medo da morte, o pavor da vida...
Acorda na calada.
Dependurado, os sonhos quebrados...
Todo além esquecido
Possibilidades enterradas
Acordado para que tudo possa ser lembrado.

Manto Noturno

Noites claras, dias escuros,
No silencio de toda a falação

Vestidos com o manto noturno.
Bebendo doces loucuras.
Encontro-me em seus beijos.
Deito-me junto aos nossos desejos.

Nesse vôo entre incertezas.
Brindemos a nossa finitude.
Em nosso barco sem leme.
A deriva, vamos nos divertir!
São tantos caminhos meu amor...
Tantos horizontes: não paramos de remar...
Qual é a certeza, por onde ir?

Venha, vamos dançar!
Sob nosso manto estrelar.
Já vamos celebrar
Um brinde ao luar
Beijos ao raiar do sol.
Depois de gritar e sorrir!
De nos ouvir, de uivar....

O amigo diz meu amor:
Evite a violência, não limite as expressões!
Seja você e não só apenas: contradição....

Noites claras, dias escuros,
Na falação de todo o silencio.

Viagem Entre as Estrelas

Vejo estrelas no céu, as vejo pelo chão.
E ela preste a ficar cheia.
Eu esparramado no vão.
Fumando minha última ilusão?
Quieto e calado, gritando aos horizontes.

Tragado pelos desejos.
Aniquilado e tremulo
chamando um amor que não vejo.

Venha meu amor, venha!

Olho as pessoas voando...
Próximas das estrelas!
Assim como eu
estão mais próximas das que estão no chão.

Escute o chamado do desconhecido.
Sinta o frio na calada da realidade:
quem não admira as estrelas do céu?
Quem as atira ao chão?

O rosto é o véu.
O meu próprio réu.
Condeno-me a justiça sem leis!
Ao mundo sem povo e sem rei!

Está entre a Terra e a Lua...

Na minha cabeça e na sua...

Procurar o caminho para mim mesmo,
Esquecer-me entre mudanças e segredos
Aliviar-me por sentir medo...
Excessos e desapegos arrastados.
Trilhas em infernos e paraísos!
E em terrenos não tão simplificados.

Passar por onde fui levado.
Nem inocente nem culpado,
sem anjos ou diabos...
E muito mais que apenas dois lados

Ter a ausência do saber,
Enxergar os horizontes...
Qual o caminho correto a escolher?
Talvez seja pelas encruzilhadas...
Certezas variadas...
Incertezas incontidas...

No tempo de mudanças aceleradas,
assim como sempre foram vistos os tempos passados:
corpos, almas e espíritos mal tratados, esfolados.

Verdades e mentiras coladas, fundidas, ferradas!
Do que vou me arrepender?
Ó sim, de me arrepender!

Devo me prender?
Sinto-me vagando prisioneiro da busca por liberdade...
Entre verdades estarrecidas, imaculadas, envelhecidas.

Como estar perdido sem ter me encontrado?
Por anos tenho flutuado entre portas escancaradas.
Sobre poesias antigas e pelos buracos das fechaduras
Mas quero que algo novo se revele
para mim ao menos uma vez...

Não me lembro de poder ter escolhido...
Porém me vejo escolhendo!
Depois de ter percorrido
os atalhos e seus caminhos
Por meus desertos e
com multidões de um mundo vazio!

Mas após agora...
Como será a próximo minuto?
A seguinte hora, quando será outrora?
Será que está sendo agora?

Talvez nos anos ou séculos depois de eu ir embora
Preciso da luz...
Além de tudo e além de nada de fé!
Além o que será que tem?
Espécies e coisas que não compreendo.
Algo com muito esplendor.
Ao mesmo tempo, livre de velhas crenças,
livre de fúteis sistemas de recompensas...

Preciso de uma idéia?

Talvez uma idéia de imanência...
Sem a ferrugem da transcendência e o mofo da onipotência.

Bom, foi-se o medo da infecção.
Livro-me da doença dos
castigos e das benções.

Veneno Medicado

Às vezes, vezes muitas.
Quando tudo para, quando a noite apaga!
Todos os sentimentos se retraem...
Depois do que alimenta.
Depois do que não digiro.

Antes de mais um dia acordado dormindo.

Diante do que não comove.
Tempo filho da dor que ostento
O espírito não corre;
Não vive e não morre...

Acelero e breco... Desligo e ativo...
Todo o aprendido... Todo o coercivo.
Interpretado com calma,
agora eleva minha alma.
Vai livre para fluir, coexistir!

O Guru

Não, não um nobre poeta...
Menos ainda um padre ou um profeta
Ou o grande escritor que recebe da culpa...

Não venderá moralidades
ou receitas mágicas de felicidade...

livros de abismos...
“Best sellers” de individualismo

Não inventará pecados,
Nem vai cultivar culpas... Angustias...
Pra mim esgotaram-se
Acabaram-se os meus!

O fiel guru é:
quem não posso enganar,
quem não quero obedecer.
Alguém que não quero mandar.
Será eu o meu!
Será você o seu.

Felicidade

Sim! Sentir o instante!
Sentir-lo insinuante!
Ardente, arrepios da cabeça ao ventre.
Quero o gelo quente.
A brasa fria!
Que vem insinuante.
Vem atraente...
Vem rolante! Vem sorridente.
É o constante grito quieto, é o berro calado!
É a música é a entortada na coluna.
É passar pelas frestas e lacunas...
São berros quietos, silêncios gritantes.
O Tempo passando parado.
Todos os séculos em um instante.
Feliz inconstante!
E o seu sabor... Hum! Delícia!
Seu chão, seu teto.
Uma hora, dez anos
Dez mil quilômetros, um metro.
Eis o frio, eis o calor.
Feliz pedaço quebrado...
Grite ou fique quieto.
Feliz junção do espedaçado.
Feliz sorriso
Feliz pó e líquidos!
Feliz a interpretar.
Ambições a consumir.
Sonhos ao se deitar.
Feliz...
Sonhar para inspirar.
Monumentos a se construir.
Sentimentos a se deleitar.
A graça do alternar
A alegria da tristeza
Se enxergar para se mostrar...
Feliz compreensão de bons momentos:
Sem a tempestade não haveria o arco ires!

Tudo Bem?

As risadas são altas.
As alturas são cômicas!
As estruturas desavergonhadas.
As envergaduras maleáveis...
Os fantasmas palhaços
arrastando nossas correntes ou...
Qualquer outra coisa inventada!

As tristezas são então diluídas,
as desconfianças assadas,
o medo afogado.
A culpa corroída.

Incertezas digeridas,
arrogância frita,
certezas questionadas...

As bebidas estão servidas,
a comida é apreciada!
As músicas belas,
as festas nos convidam
a vida é vivida!

Posso Beije Seu Sorriso?

Olhe-a dançando, olhe seus olhos...
Peça para beijar seu sorriso...
Mostre-se, tente, solte-se, vá em frente!
Idealize e não será lembrado ou esquecido
Beije-a como uma desconhecida,
Adentre novos versos, novas trilhas,

recite algo em seu ouvido
Mesmo não tendo sido visto...
Peça-lhe para beijar seu sorriso...

Solte-se nos braços da fada espontânea
Jogue-se, basta de se evitar; chega de hesitar.
Agora é hora para se experimentar
Doses de diversão instantâneas...
Libertinos versos aos ouvidos...
Não, a natureza não foi esquecida!

Viva Dionísio, o deus das festas, do vinho, das orgias.
Viva o protetor do teatro, viva toda diversão!
Viva Dionísio: um bastardo renegado,
o mais forte filho por Zeus reconhecido...

Viva os doces, viva os amargos,
viva o sexo, os amores, os prazeres,
viva os orgasmos de nossos sentidos!
Viva a lucidez do delírio
Solte-se nos braços da fada espontânea...

Ressaca 2

As sombras do ego, a luz do álcool!
O som de nossas atitudes ressoam...
Junto à voz.

Regem os movimentos,
livres do discernimentos.

Preso entre muros de liberdade,
cego aos horizontes da subjetividade,
imerso nas ilusões.
Com as mãos nas grades das imagens!
Caído nos abismos dos julgamentos!

Minhas sombras do ego
meus tormentos.

Meus problemas, meus inimigos:
miragens,
minhas prisões:
milhares
minhas interpretações.

O ego que age nas sombras
esconde a inveja e grita de ódio

O Proibido

Como o sabor me fascina!
É desconhecido, está escondido,
Só de procurá-lo já me alivio!
Posso estar abafado e ainda sim o sinto!
Proibido:
Dilata minhas veias,
arrepia, acelera o coração.

Naufrago no seu calor e então...
Vejo transparente, enxergo, imagino, quero desejo!
E então...
Irradia sem pudores, pecados, medos ou rancores,
a dois passos pra lá dos horizontes.
É aurora das vontades, é força da potência!
No universo e sua singularidade...
Na consciência das essências.

Dionísio Bar e Música

Desprende-te – flua: vá!
Absinto recende, ascende.
Acorda para uma ilusão inigualável.
Razão sobre as plumas
Assim, apenas esverdeado...
Quais as buscas?
Ilusões dissolvidas!
Tragadas junto aos doces...
Flambadas, diluídas.
Absinto!
Absente-se?
Sinto-me!
Estrada distorcida,
Maveco envenenado na descida!

Arcaico? Não! Antigo:
para falar a verdade sobre o que digo:
lucidez se vai perdida entre curvas sinuosas.
Escondidas em retas intermináveis.

Que eu me ame e me odeio...
Que eu me queira e que me exclua!
O eu de seu verde ventre.
Que me mata e que me pariu:
o eu se viu de olhos cegos em liberdades...
Liberdades de grades, reações, ações...
Potências, vontades!

Um diamante do pensamento,
uma noite de loucuras,
de amores mais doces e outras travessuras!

Com um amanhecer ainda iludido,
sonhado e dormindo...
Sempre procurando em sólidos e líquidos:
amarelos, verdes, caramelos...
Em sons coloridos e em baixo de vestidos
Dizer até logo ao tédio cheio de razão
Jogar-me no vão entre os sentidos...

E o tédio está esquecido...
Deletado.
Lindas garotas dançando Pink Floyd
Idas sem voltas, voltas sem idas.
Uma dança sinuosa...
A beleza discreta escancarada
Sinuosa escura:
verde fogo luminoso.
Onde me perco
Onde me sinto:
“Garçom, por favor! Mais uma dose!"
“Sim, ab-sinto!”

Exílio

Sob a lua vou encontrar.
Entre gritos e uivos, assobios.
Estrelas e relâmpagos coloridos.
De uma gruta iluminada de mistérios.
Um espelho de vida que trilha abaixo do mar.
Numa fenda oceânica.
Escuto meus gritos abafados...
Mergulho no meu exílio.
Agora vou à farra.

As chaves

Soam, suo
e o tempo repousa
sem parar sobre minha alma
rangendo meus ossos, tremendo a carne,
Gritos pela pele sedentos por prazeres,
Famintos por sonhos.

O limite da liberdade é a ilusão de ser livre
Mas o universo atrasa e/ou avança
além da compreensão, além da luz;
Ao som do fogo gelado e do gelo quente:
será que podemos ir além
dos acordes conscientes?

As chaves são as percepções...
além da relatividade do tempo!
As chaves não são respostas, são perguntas!
Respostas vem da barulho do abrir das fechaduras,
A velocidade da luz é o limite do entendimento?

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Cubismo Adjetivo

Com o olhar falconídeo
discente coberto pela lã
negra ovino,
aproxima-se:
faz uso de sua degustação auricular
para um gutural lupino,
capilar leonino eólico ao solar selênico.

Ouve música e filosofia plúmbea,
seu remorso já cinéreo,
já se fora o ferino farináceo da última carreira.

É um real onírico em pleno estival invernal,
a paz bélica na cacofonia do bom,
na caligrafia do feio
ao lado de uma matula vulpina.

Não vive um panapaná passional,
mas observa muitos palácios áureos
argênteos cúprico lígneos de ilusões magistral.
Insular digital,
telúrico fluvial
e seus ígneos lacustres.

Agora entre pensamentos eólicos
em grutas usa seu coriáceo viperino,
com seu andar senil e pueril.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Elas

Aos milhares...
Desejos, amores.
Os pilares do que queres!
Agora as vejo sem pudores.
Carinho espalmado, massageado!
Tesão sobre flores...
Seus corpos livres e nus.
Olhos inquietos e vidrados!
Seus doces suspiros trêmulos.
Um e outro agora nos temos.
Movimentos exagerados.
Suadas: exalam o jasmim natural.
Peles deslizando coladas.
Abraços de segurança imaginada.
Então... Lambuzadas de vida!
Ofegante de paixão...
Junto às amigas, companheiras...
Amantes, namoradas.
Eternas passageiras...
Amadas.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Paixão

Velas contra os ventos,
correntes de incertezas.
Descanso os braços em balcões de dúvidas,
sob os temporais que saciam as sedes
e entre relâmpagos que iluminam as estradas.

Fora das telas de seriados fantasiados,
no bar da Rua Realidade,
esquina como a Avenida Possibilidade.
Fica logo ali: são nossas próprias cidades.
Fartemo-nos de doses de subjetividades...

Bocas se tocam...

Línguas...

Carne inflama, não se conhecem.
Lado a lado: dois lados idealizados.
Dentre tudo que pode ser imaginado:
estão apaixonados!
Sexos e cores unidos,
suados e cruzados,
entre toques e olhares sonhados.

Escorrem como o mais puro mel:
apreciáveis como defeito no fel!
Ou tudo é isso ao contrário, ou vestido.
Ou ainda mais desnudo...

Liberdade

Em livros de verdades flácidas...
Derretida sobre horas esquecidas...
Soterrada sobre impérios de terror...

Ela chama-se: entrega,
vontade exercida!
Após o medo da derrota
onde a amizade nasce,
onde o amor pulsa
e a inspiração floresce.

Infância entre rugas, sons dos sorriso.
O gemido da caretice e o grito da loucura
Livre hoje: assim... Gritando: silêncio!

Agora, coloco os anos dentro de messes,
semanas dentro das horas
e tantas dentro dos segundos...

Não, talvez e também é sim.
É contradição
Foi-se e será agora!
Certo e errado...
Se fosse simples como dois lados...

Adiante medidas e medidores,
escolhas no abismo do espaço!
É o que pensa e é o que faz...
Escolho tentar outra vez!
Assim chegarei a expressar a liberdade.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Algumas Frases de Tempos Outros

"Eterno como a coragem no coração de um sonhador!"
"As palavras escorrem dos dedos respingando no papel, sempre rascunham aquele que não sei quem sou, pois quando termino e me entendo, já mudei."
"Não pode ser derrotado aquele que não tem por finalidade a vitória."
"Tudo que vejo são minhas interpretações."
"Imagine o homem sem seu pai: o menino"
"Algum tempo no escuro para os outros sentidos ficarem atentos quando expostos à luz"
"Bons conselhos são os que mais nos revoltam"
"Nunca mais ninguém vai ser tão jovem quanto agora."
"Um novo amor tem que ser um grande desafio!"
"Somos os pais de nossas ameaças."
"Nem isso nem aquilo, um brinde às possibilidades!"
"Desejo saudades platônicas: do inesperado inexplorado..."
"Aquele que treme frente à derrota, treme diante à glória."

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Somos

Ao escorrer do Sol
radiantes entre as cores,
Ao por da estrela, colorida, branda!
Nas tempestades de gelo entre os gritos dos vulcões!
E quando a chuva mergulha na terra...
E quando a vida vai e vem dela e para ela!
Somos, somos em todos os dias hoje.
E nada pode ser melhor que nossos espetáculos...
Escute pai, filho e espíritos.
E toda e qualquer crendice, inclusive essa:
somos da Terra, somos contigo!
Somos parte de um planeta vivo.
Um universo interligado, interativo.
Somos em morte e em vida,
nem apenas eternos, nem apenas mortais...
Somos parte das mudanças.
Não simples metódicas, cíclicas ou banais.
Mas complexas e caóticas!
Sem prepotência
Sem aqueles papos de transcendência
Parte de toda a singularidade plural!
Dessa imanência!

domingo, 9 de maio de 2010

Louvor aos Desejos

No fundo dos olhos eu a vejo...
Linda e toda nua em desejos,
E no seu show eu me jogo, me perco.

No fundo dos olhos ela se mostra.
Ela está em tudo de belo que vejo:
é linda e se mostra toda nua em desejos!
E no seu show eu me reinvento, me acho e me perco...

No fundo acabamos vendo um pouco do que nos resta.
Pois somos nós a colher os frutos de nossas festas
Saltemos para nossas quedas!
Plantar um tanto do que colhemos...
Plantar tanto e até venenos...
E colher um tanto do que plantamos!
E também aquilo que se ouve,
aquilo o que vemos!
No fundo dos olhos eu a vejo!
Os beijos por todo o corpo...
Pela fé nos desejos.
Para vivê-los e compreendê-los.

sábado, 8 de maio de 2010

Um e Outro

Ele se veste com pele
Usa a boca: grita na mente
e nela se esconde!
Mistura-se, confunde.
Funde-se... Atuamos!

Parasita que vive e faz viver!
Ouve e interpreta a vida...
Está fora do palco, acima!
É ventríloquo de um boneco medíocre,
É quando temo rosnando,
e quando fujo fingindo coragem
preso na solidão do espetáculo!

Ele é o outro!
Elege os inimigos,
todos os medos e dúvidas...
Todas as certezas e juras,
momentos de felicidade e tortura.
Formula todas as respostas e perguntas.

Sou um!
Somos um e outro!

sem título 3

Os braços enxergam mais que mil olhos no escuro...
Salte o muro... Mexa... Dance...
Na nascente dos desejos
vive a morte dos indecentes receios
em meio às sepulturas das certezas!
Na terra das experiências,
na dosagem de excessos.
No fluxo de uma outra correnteza
um fato: futuro é o filho do ato!
Entalhe os triunfos nas rochas das derrotas.

terça-feira, 4 de maio de 2010

O Tombo

Busco novas emoções:
novas percepções.
Afogo-me em velhas ilusões.
Quando deslumbrado,
atrapalhado, corrompido!
Temendo qualquer ruído...
E ainda estou preso aos vícios.
Amargos frutos doces das experiências!
Enche-me o estômago, a alma e os ouvidos,
sem espaço para os arrependimentos
de experimentos diluídos.
Sacio-me com frutos instigados!
Convencionados proibidos!

Vitória ou derrota é chacota...
Eis que venham linhas tortas,
que venham as vivências, os saltos,
os tombos, as grandes e perigosas buscas!
As respostas!

E eis que estou caído.
Foi um encontrão!
Um baita tombo...
Deixe-me no chão!
Levanto-me!
E que seja diante outra rota de colisão!

domingo, 2 de maio de 2010

O Templo

Subo o mais alto morro e me diluo junto ao ar.
Observo onde vivo e contemplo todos os horizontes,
ouço as vozes das árvores, a música dos pássaros,
sou junto à sinfonia dos ventos.
Danço no bailado das folhas e galhos...
Encontro-me e me perco e faço meus momentos.
No sangue corre o ar que sustenta o vôo das aves.
Nos olhos estão as cores das borboletas e das flores.
No corpo de água que corre nas veias da Terra.

Sou o Sol que atravessa minha pele
e o vento que a refresca, ressoa, inspira...
Estou no templo,
sou junto a tudo no templo,
um templo de todos os povos:
de terra, ar, fogo, água, átomos, peles e ossos.
E de além de interpretações ou elementos
O templo de corpo, de mundo, de universo!
Sem forma e com todas elas,
parado e em constante movimento
É o verso e o inverso de tudo e de nada
Onde as doutrinas não são...
Pois a abolição de ícones e altares
deu-se na sedução do brilho áureo
que refletiu o mensageiro da morte...

Boa Noite

Acordar ou dormir...
Quando é mais fácil acordar ou dormir?
Sono para mergulhos e inspirações.
O despertar para as ações, para se virar, cair.
Pois os sonhos são os pais do amanhecer...
Livres da aparente coesão dos dias.
Distantes da prisão das horas...
Na natureza do delírio do descanso.
Sono manso para as vontades selvagens...
Como poderia acordar sem dormir?
E o que seria do amanhecer sem delirar?
E o que seria do poeta sem você?

Uma insanidade entorpecida,
uma sensibilidade alcoólatra?
Pois se deixe sonhar!
Deixe-se dormir!
E se deixe agir!
Deixe-se acordar!
E se deixe chorar!
Deixe-se sorrir!
Pois do sonho da vida todos vamos acordar...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Aparências

A cama macia, calados e vestidos.
Almas vazias...
Na encenação do amor...

Luzes de velas não mais inspiram...
Aturam...
Pelas as aparências:
numa gaiola das liberdades!
Entre quatro paredes
afogados em moralidades.

Não se reinventam...
Transam numa sala
Entre comodidades e caras cortinas
tecidas com a mais pura rotina...
Não foram e nem são capazes de dizer:
“não importa o que os outros vão pensar!”

Um elo pela covardia
Alianças em corações vazios.
É a velha reputação a zelar,
Então vão ficar juntos para sempre
e nunca mais vão se encontrar...

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Entrega

Restringidos pelo engrena.
Prisioneiros das horas.
Reféns da canseira do descanso
e de desculpas esfarrapadas.
Mantemos a alma calada.
A expressão cansada.
Mas chega!
Não mais me ensurdece...
Não mais me cega...
E no tempo que não sobra, mergulho na obra...
Dos minutos na privada, das horas de joelhos.
Todo o ócio sagrado, do verão ao inverno.
Do céu ao inferno...
Ou em qualquer outro lugar de superstição

Escrita, estimada, amada,
vadia, amiga, carrasca, santificada!
Quando em ti, escorrem-se as horas...
O tempo desliza derretido...
E ele desiste...
O espírito se perde... Pluraliza!

Quem lê...

Uma aconchegante leitura
sobre as plumas da luz da lua
frente ao Rio Entendimentos,
sob o céu rosa magnético com estrelas de percepções.
Entre as ruínas da realidade, a leitura, a grande viagem.

A busca pela consciência da identidade...
Navegar no subconsciente acordado...
Seu leme são páginas degustadas.
Olhe, está logo ali no chão!
Escrevamos com nossos pés!
Estamos diante um livro,
lemos páginas escritas...
Escrevemos em solos férteis
com sementes de palavras frutíferas.

Ao Jovem Poeta

Irving, manuscritos do ácido ao mel.
Decomposição, uma bela composição.
Rimas no inferno e no céu:
Junto a um azul caderno de poesias:
“_Esse é o Rafael!”

Decomposição na mesa
Frente minha alma corpulenta.
Sacio-me com frases de wisk!
Alimento-me com pimenta!
E bebo águas límpidas!
Submerso em palavras de seda...

Decomposição, De + Composição.
Compõem, mostra e se expõe!
Essência nas entrelinhas...
Completamente nu nas entre letras.
Fazendo-se de papel e caneta.
O jovem velho: pai do velho jovem!
Para além de doutrinas psicológicas.
Literatura tem!
Além, muito além da caridade.
De literatura é!

No zepelim de suas poesias enteógenas...
Vago, perco-me, encontro-me.
Eis um espírito livre!
Um artista que se decompôs e se compôs.
Decomposição frente meus olhos...
Deleito-me entre os sabores
Experimento o salgado e o doce!
Orgasmos no purgatório e no paraíso.
Decomposição!
A literatura grita...
Parabéns amigo!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Tornado de Calmaria

Após eras de fé corrompida...
Esquecida em meio às exauridas
verdades absolutas...
Após eras de ilusões de poder
e de enganos como conduta.

Passa um tornado onde tudo coexiste!
E o todo se passa e virá...
Continua, alterna e persiste.

Mostra contínuos os fragmentos.
Eleva no agora.
O único e todos os momentos.
Revela séculos de artificialidades.
O tempo engrenado:
templo das engrenagens.
Sufocado pelos calendários impostos
Por dias opostos...

Arte submetida, esquecida!
Mas são sempre novos os ventos.
Vou esquecer os lamentos.

Tornado forte e leve leva!
Junto ao agora...
Na natureza do tempo!
Longe de ditadores inventados.
Desses rebanhos confrontados!
Leva pra longe...
E de lá para outro onde...

Tornado calmo eleve.
Arraste-me! Carregue-me!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A Rainha do Desconhecido

Tenho medo!
Temo fechar os olhos diante seu encontro.
Medo de não degustar meu tempo.
Temo não ter tentado.
Não quero tremer quando ela chegar.
Temo não estar livre para me entregar.
Não ver a beleza!
Medo de como ato último... Eu...
Renuncie a natureza.

Temo temer o medo...

De quanto tempo tenho ou
melhor: quanto ele me tem?

O que nos mantêm realmente...
Realmente vivos?

Quando verei nossa Rainha?
Quando ela virá com a certeza?
Nossa temida certeza...

Quero olhá-la nos olhos,
não desviar o olhar,
Sem horror.
Quero admirá-la!
Ela fará uma visita a sua morada...
Não adianta fingir que não está...
Ela saberá, pois também mora lá!
Ao sentir seu toque: abraços, beijos,
amigos, sonhos, paixões amores e aventuras...
É tudo que vai deixar antes de se
integrar ao inimaginável.

Que eu não trema, que eu sinta!
Tempo que tenho: tempo que desdenho!
Onde só escrevo ou onde imagino,
quando estou no meu tempo!

Tempo que me passa como vento.
Cortando os dias onde eu tento e atento!
Explodo-me e me arrebento!
Contudo e além mesmo depois de tudo!
Entretanto e mais um pouco antes de qualquer coisa,
veremos a rainha até então desconhecida...
Mas é como uma princesa.
Inimiga ou amiga...
Criada nos campos entre paz e guerra...
Entre trevas, morte, esperança e vida.

No Surto...

Veja a noite se descortinar frente a ti.
Vista seu manto de possibilidades.
Jogue-se no inesperado
Na luz escura que reluz em ti

Não fiquei em casa essa noite...
Procure no amor alguém para se deitar
Para se esquecer de encargos,
dos fardos entre dias gelados.
Hoje a diversão será seu ar.
Encha os pulmões!
Encharque os pensamentos.
Mergulhe até o amanhecer.

A Missa

A minha cachaça é a musica...
Coral de amigos, violão,
Uma dose um trago uma rápida fuga...
Sorrisos e idéias a milhão...
Um beijo, uma dança, o amor,
Os venenos, as curas e as canções!

Tempestade

Relâmpagos de duvida...
Trovões de pavor.
Vendavais de insegurança.
O medo da possibilidade arriscada, azarada...
A probabilidade do medo...
Gambás e ratos descem as enxurradas
Granizo e atitudes...

Superação infernal...
Agora: terrível pavoroso...
Pura paranóia!

Desejo esperança e desconhecido...
Mas posso ter-lo contraído...
Atento, mesmo em devaneios: Atento!
Serei o elo forte pois vou romper, quebrar!
Será o fim dessa pavorosa corrente.
Mas tudo está a alvorecer.
Temo mais a dúvida que o saber...
Pensar recolhido em calafrios...
Após a qualquer anseio e anciã.
Quero venenos sadios...
Deitar-me com a esperança!
Com o amor e em paz!
Dançar na chuva a cantar devagar

Portais

É possível imaginar uma saída?
Uma saída de inclusão!
Será que passarei pelos portais que inventei?
As paredes que ergui os sustentarão?
Vou abri-los?
Terei a chave? Ou serei eu a chave...

Consciência é força, percepção é magia...
Será que minha criação receberá
a vida através de um raio?
Ou no futuro apenas mais um rascunho?
Ou mais um sonho extraviado, esquecido?
Sem nunca ser lembrado...

Aparências

A cama macia, calados e vestidos.
Almas vazias...
Na encenação se trair...

Luzes de velas não mais inspiram...
Aturam...
Pela as aparências:
na gaiola das liberdades!

Não se reinventam... Mas possuem:
uma sala de comodidades
com caras cortinas...
Tecidas com a mais pura rotina...
Mas são poucos que podem dizer:
“não importa o que os outros vão pensar!”

Um elo pela covardia
É uma reputação a zelar,
Então: ficam juntos para sempre
e nunca mais vão se encontrar...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Aborto

Amanhecer úmido
Dúvidas de sobriedade
A um passo de uma nova realidade...
Ou de uma nova ilusão.

Onde é o início?
Não, não é uma escolha!
Acha que realmente sabe ou
sente uma ignorância da consciência...

Antes de descer o rio, antes de banhar o mar
Antes dos fardos, antes das luzes...
Possibilidades levadas rumo às cataratas.
Atirada sobre as rochas afiadas...
Matador de versos...
Destruidor do bem e das maldades
Assassino de possibilidades
Das escolhas...
Destruidor de um Universo...
Egoísta bélico

Corredeiras condicionadas...
Rumo à negação do natural
Que a mãe não a seja, pois já não é.
Que o pai não o seja, pois já não é.
A criança morrerá,
Não se sentirá ofendida nem grata...
Amor poderia haver em sua essência,
mas é excluída, ignorada... Jogada nas cataratas
Condenada antes do florescer...
Estas serão as exigências, as condições das civilizações
Vão mentir para si, interpretar de acordo com a covardia
Mas não é tarde para um grande contra golpe...
Pois não é preciso quando o ponto foi sem nó!

Sem literatura a vida seria um erro

quarta-feira, 24 de março de 2010

Mundo Mágico...

Todos os personagens...
Todas as cenas, o público, o cineasta.
Crianças, palhaços, vôos e os trapezistas...
És as dançarinas, soldados, macacos, ratos e leões,
és tudo:
a altura e a queda,
a água e o afogamento,
a felicidade e o medo.

Na magia inconsciente...
No fluir imaginário...

És os cenários,
a serpente em seus céus,
as pombas em seus infernos...

sábado, 20 de março de 2010

A Dama de Verde

Convide-a dama pra dançar
Os dois unidos, corpos interagindo.
Tu na imensidão inexplorada.
Descobrindo...
São lindas cachoeiras e novas riquezas.

E agora ela está perdida:
Condenada pela imensidão de si mesma.
Violentada por seus filhos.
Mercadores de sua virgindade...

Nós aceitamos os cães adestrados;
Pelos salvadores auto proclamados
vão proteja-la para corta-la...
Nativos iludidos por embaladores de curas.
Compramos nossa flora enlatada

Dividir com o mundo...
Uma forma de amá-la...
De protegê-la para nos saciar
Nossa dama violentada.
“Fuck”, fodida! Estuprada
Raízes rejeitadas
A nossa verdadeira mãe
Tem um dama sobre a areia
Para contos com o Sasi e sereias
Com olhos de botos e corpo de ervas
fauna e flora: amores,
Inimagináveis curas
A grande dama, “nossa lenda”!
Uma das últimas damas de nossa mãe queima
Ambições ignorantes: ódio, ganância e ira...

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Aos Pregadores de Jornal

Deitado sobre os pés,
pairando sobre a própria cabeça,
mergulho no mundo que rodeia.
Penso antes que esqueça.

Desatam-se os nós dos dedos.
Esticam-se os pensamentos.
Questionam-se os medos.
Enxerga mais que pelos espelhos.
Lê o livro dos erros e acertos
despreocupado com julgamentos,
inviolável por seus tormentos...

Caminha-se em mares?
Ou interpretam-se as marés?
Saltemos com nossas mãos
sobre os abismos do sim e não.
Pode-se morrer entre os saltos...
Mas só vivem aqueles que estão lá no alto!

Tudo preso a uma:
uma única mitologia!
Erguem-se muros de lamentos.
Fecham-se os cercos dos arrependimentos.
É o fim da imaginação,
são os limites da subconsciência.
Ali se enceram os questionamentos.
E elas, essas nossas musas sublimes,
passam a ser meretrizes.
Putas expressões de indecências.
Eterna decadência.

Veja a fenda dimensional...
Um buraco no meio do bem e do mal.
Uma fada vestida de magia ou fé...

Nus, transpiramos beleza!
Amando, nos entregamos a natureza!

Murcharam-se um pouco mais
os gurus e pastores, pois se esgotou mais
um dos seguidores, e se encerra outro pregador.

Uma sinfonia com notas sem pudor!
Uma toda e só minha magia...
Que questiono e altero,
rasuro minhas páginas e minhas partituras.
As crenças, as parábolas e poesias

Vivam os meus baixos e minhas alturas
Uma metamorfose de todos os dias:
Uma toda e só minha fé...
Isso é tudo que lhe digo...
E quanto as sua:
nem quero saber qual é.

A Verdade

Papel e caneta.
Dedos, textos e imagens.
Cálculos transformados em luz.
Naves para mensagens...

Uma cor, milhões de tonalidades
Pense nas cores...
Elas colorem seus pensamentos.
Sim! Colorem agora! Veja!
Veja as cores!
Comece pela que você mais gosta!
Sim! É essa que você mais gosta
Exatamente a que está pensando agora
...
Nesse sempre agora...
Fantástica pluralidade:
sons, imagens e odores...
Livre-se de todos os pudores

Veja os textos psicografados, recebidos,
labutados, mecânicos...

Veja os concebidos, inspirados,
Conscientes em sua inconsciência
ou vice versa

Sim: algo dedicado e amado!
Na lucidez de um alucinado...

Além de papel moeda e itinerários.
Onde se recebe sorrisos!
Sonhado, imaginado, errado de colorido,
vestido para ser despido...
Esculpido na mais liquida rocha...
Incerto é tido com um destino

Nobre guro, bom pastor,
Recebam da culpa...
Atrás de balcões de moralidades
Servindo doses mágicas de felicidade,
porções de pecados e angustias.
Por toda a eternidade.
Amém!

Ignoram a natureza do prazer e da diversão!

Temos tempos de comum comunicação...
Tenho rascunhos de sedas...
Algo quase pronto,
que posso rasurar...
Reescrever e repensar...
Interagir e criar
não mais que pobres rimas
Sem métodos, palavras escorridas,
vomitadas, cuspidas...
Uma poesia sem fim,
é, tipo: algo assim...
Algo do tipo:
sei lá eu! Saca?
É experimentar...
Ambições de rupturas
Algo com...
Um título extremamente duvidoso!

Hora Extraviada

O céu está caído, o deixe no chão...
O véu foi tirado, o encanto retido...
O mel é defeito querido...
O bem e o mal: tradições...
Mas existe todo o vão...
O que está entre, um desafio...
Sem pódios, sem adversários...
Sem saída sem chegada.
Desfiladeiro...
Além da razão...
Imagina?

Corte no Tempo

Fogo forte ama o ar!
Deita-se com o vento...
Voa com o azar e a sorte.
Torna-se cada vez mais sedento.
Corta o tempo!
É o fim da fogueira.
O encerramento da vela.
Queima ele, queima ela...
Queima fogo, queima a vela,
Escorre cera e corre tempo.
Qual o elo, quem é ela?
Onde seu, quando eu?
Real tal qual ruim e bom...
Mas uma noite cai.
Entre todo o vem e vai.

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