domingo, 27 de novembro de 2011

Apenas Querer

Sempre dizendo que não tem tempo
Todos os dias trazendo desculpas
Interpretadas diante do espelho

Com esculturas talhadas no vento
E telas em molduras ocultas
Como alguém que nunca seguiu o coelho

Separação

O que você fez com todo o amor?
Com todo aquele fogo que era nosso.
Que nos acendia e agora apenas arde...

Não posso entender,
Fui sincero, até em minhas mentiras,
Tentei dizer...
E disse de muitas maneiras
Mas em tudo que eu dizia
Você defendia como besteira

Você preferiu não entender
Preferiu me ver sem enxergar...
Deixou de gozar e nos enganou.

Não quis saber de portas
E nem de percepções
E agora, como sempre foi...
Culpamo-nos bem lá no fundo
Bem lá onde o amor foi ilusão.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Carta em Branco

Quando tudo se quer
Qualquer coisa nos possui

Quando tudo tiver...
Será mais um que tudo que rui

Como um império que induz
Para se querer um novo profano
E mais um outro novo puro

Seria como seguir o caminho para a Luz
De alguém que nunca andou no escuro...

Quando não há mais amor

Eu queria saber todos os seus desejos,
Eu queria que você soubesse todos os meus

Precisava entender tudo que disse
Precisava que entendesse tudo que falo

De lugar nenhum para destino algum

Como um ônibus
Vazio e lotado de destinos
Do calor do Brasil
Aos infernos Andinos
Tão triste quanto o anil
Mais sério que mil
Que um milhão de sorrisos
Abrem-se para engolir lágrimas
Quando é mais fácil chorar
Quando é mais fácil reclamar
Mais fácil que sorrir
Mais simples que agradecer

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Oração para a Intolerância


ORAÇÃO PARA A INTOLERÂNCIA

Viva sempre no equilíbrio.
Viva toda vida na paz.
Seja um ser todo de amor

...

Assim, ignore tudo que se aprende caindo,
Esqueça tudo que se aprende lutando
e despeça-se do saber que suprime o ódio.

Os príncipes do infinito já deram seu sangue.
E por milênios... Calados o aguardamos.
Ouvindo homens em palcos de sonhos.
Recitando livros e livros dourados.
Em mais uma releitura para outro contemporâneo.
Vendendo sempre novos eternos.
Enfeitados de velhas doutrinas reconfortantes.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Pateta


Os poetas não sabem amar
Ou é a natureza do amor que é desconhecida?

Quantos corações ainda serão partidos...
Quantas serão as partidas
Quantas vezes vão rachar, ainda o meu
O que fazer com tantos pedaços
Além de tecer palavras?
Além de tentar inspirar,
Contos que não contam o segredo de amar...

Quantos corações serão necessários
Para as rimas dos poetas?

Quantas poesias são necessárias
Para uma receita de amor?
Uma receita que sacie a intolerância
Que mate a incompreensão?

Uma refeição para saciar a arrogância.
A minha, a sua e a de todas elas

Uma refeição nossa...
Pra comermos juntos à mesa
Depois de consumirmos todos os nossos sonhos.

Lindos Imperfeitos


Nós nos escondemos em verdades
E nos acolhemos um no outro,
Nós nos encontramos naquela primavera
Bela e florida, de tempos esquecidos.

Nossos beijos, nossos corpos
Nossos desejos livres na confusão de toda a certeza.
Que recai como uma garoa de propósito.

É o doce sabor de um encontro ideal!
Tua pele, meus olhos, teus lábios, meus sonhos...

Tudo está perfeito, tão doce e tão superficial.
Tão distante do que pode ser real.
Tão belo quanto à loucura,
Tão nobre quanto à bravura.
Tão como uma grande duna...
Correndo entre os sete ventos
Mudando a todo tempo

Nós nos tornamos um só corpo
Num só movimento, na explosão do prazer
Na explicação do amor...

Uma mortal busca pela eternidade
Em momentos de absoluta certeza...
Em instantes para os nossos
Mais lindos monumentos
Edificados sobre as ruínas
Das nossas próprias sinas...

Filhas de toda a perfeição
Que congelou depois do inverno...
E se foi ainda no verão.

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