quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Chama vaidosa

Na fogueira do ego a força da união é cinza!
Soterra seus suspiros.
Suas aspirações.
Suas solidões.

Fogo que queima e não ilumina.
Triste chama que passa pela pele.
Que marca na alma...
Que a força repele.
Como viajem de cocaína.

Queima sem calma.
O espírito queima.
Queima, queima e queima!
Onde o eu se assassina.

O ego infla e a menor picada o estoura...
E o grito de sua fraqueza ressoa...
As chamas tomam todas as lavouras.
Afasta qualquer pessoa.
Chamas de fome duradoura.
Não pode ficar consigo.
Não se encontra, espantou seus amigos...

Para o ritual se apronta...
Mais a fogueira não ilumina.
É vaidosa, brasas duvidosas.
Faz dele apenas cinzas.
Queima e não ilumina.
Brasa impiedosa!
Chama vaidosa!
***

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Precisa-se de heróis?

O poder que os nutriu os destrói.
Olhe o horizonte de onde viemos.
Está cheio de reinados de finados heróis.
Os mais próximos estão os vivos...

Veja o tempo os corrói.
Louve-os e assista corroendo.

Ao alvorecer de uma nova hera
Encarnados em algo além de pele e osso
Nada de fortunas, nenhuma foto em colunas.
Livres de vitórias e derrotas
Sem competições.

Ao alvorecer na chuva,sem capas ou guarda chuvas.
Nem seguir e nem guiar, não obedecer não dominar.
Nem a si ou por si!
Escolhas acima de temores
Não é exibido, não está escondido...
Está consigo!

Chega de mocinhos e bandidos...
De super heróis e suas criaturas; seus super inimigos.

Consciente de suas escolhas.
Não se atém a lados...
Munido de amigos e aliados.
Evita inimigos!
Não se dá ao luxo de ter um meio amigo.

Além de herói, além de bandido.
***

domingo, 21 de dezembro de 2008

O Xamã de Dionísio

A serpente!
A pequena serpente letal...
Acreditou que por isso os lagartos dançam
E as borboletas bailam.

Mas no agora acredita
E é parte da natureza Bela.
Está por ela.
Não crê no antigo pensamento arbitrário;
É nela.

Onde flutua e até sua arrogância se cansa
Na rede da humildade balança...
No amor, na fé, na esperança.
Na dor, nas festas,
Na miséria e na bonança.

Não diz que a vida é só isso ou aquilo...
Pois do balanço se vive caindo.
Diz: “Bonito é se levantar chorando ou sorrindo”.
Prepara-te para um novo impulso
Um impulso para o céu batendo os pés no chão.
Projete-se da rede ou se jogue em vão...
Manter ou alternar o ritmo...
Balançar mais alto que o cético e o que místico.

sábado, 20 de dezembro de 2008

A medida de todas as coisas

Amanhã verá que não somos hoje...
Hoje veja que não fomos ontem.
A humanidade é apenas a medida de toda sua interpretação.
Inclusive essa...
A humanidade é a medida de sua imaginação.
Não de todas as coisas, mas continua com verdades absolutas!
Absolutas e temporárias para continuar toda medição.
...
Além do nosso poder de comunicação.
Frente, atrás, em volta!
Em torno, contorno e até junto nossa compreensão.
Ciclo, continuidade, fragmentos e conjuntos... Medição.
...

Nem com versos e inspirações posso entender...
Quem dirá explicar...
Posso apenas explorar e aprender ao me enganar...
Mas nem a medida de nosso inconsciente
(que sempre agitou contra as medida)
Mas nem a medida de nossas medidas...
Vamos assumindo! Vamos?
Sempre criamos deuses criadores.
Os inventores de tudo...
Tudo feito na medida para a coroação.
Por nós, de nossos valores.
...
Submetidos à ordem divina.
Esquecidos do caos natural.
...
E com os séculos, ao em vez de coragem,
enchemos-nos de medos e temores.
As engrenagens então rodando.
Tudo agarrado e o trabalho desperdiçado.
Ta cheio de gente empurrando.
Estão recebendo e vivendo...
Comprando e consumindo...
Está tudo indo...
E o planeta se rebela para se limpar das seqüelas.
As engrenagens se movendo.Tudo se arrastando.
***

Seguidores