sábado, 25 de setembro de 2010

Macacos Coloridos

Somos animais auto domesticados, habituados a viver em ambientes artificiais... Lugares com maiores dificuldades para abrirmos a percepção e sentirmos tudo que realmente nos rodeia. Limitamos o meio para nosso conforto e segurança sob a imposição de normas convencionadas que restringem nossa natureza, aumentando assim a possibilidade de controle de homem pelo homem e diminuindo a compreensão de nossos desejos. Vivemos a ilusão de que somos uma raça eleita para ser a imagem e semelhança de entidades divinas criadas por nós mesmos.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Caverna de Espelhos

No reflexo do eu sem nexo.
Pupilas de cores e dimensões diferentes.
Todo o desejo espiritualizado.
Algumas das ilusões jogadas no ralo.
Outras coroadas com a jóia da vontade.
O reflexo filho daquele garoto.
Macaco branco de olhos castanhos,
Deixa-se aos devaneios para seus focos.
Reflexo desconexo no universo de um grão de espelho.
Vestido de alma, pele e osso.
Viu nas cavernas encruzilhadas!
Assistiu a metamorfose dos seus reflexos!
Viu que para estar vivo,
não basta apenas não estar morto.

Vozes Imaginárias

Ouça suas vozes imaginarias.
Tragadas de lugares que não existem.
Traga-as ao fim das eternidades.
Do ventre de seres místicos mães da razão,
Ouça as vozes imaginárias, deixe-as cantar!
Ouço-as profanar, gritar, irritar...
Ouço seus sorrisos, seus olhares, seus toques!
As críticas, os elogios, os desejos.
Ouço fazendo-me perder, me repensar.

Eterno Retorno

Como são?
Quem serão eles, de onde, quando virão?

“_Estão para chegar!”
“_Estão para chegar!”

A anciã vivia gritando:
“_Estão para chegar!”
“_Virão nos encontrar!”
“_Será a aurora da escuridão!”
“_ O início de mais um tempo outro!”
“_Sim, devemos nos preparar!”
“_Sim virão, estão prestes a chegar!”

A velha cantava desde nossas infâncias.
Agora eis que somos nós os velhos!
E ela com o grito cada vez mais alto:

“_ Estão para chegar!”
“_ Estão prestes a chegar!”

Em sua gruta guardada por medo.
Ficava cada vez mais jovem
como as verdades ultrapassadas,
como a imensidão do nada e o vácuo de tudo.
Como o sangue que envolve a paz!
E também como o sorriso dos descrentes.
“_Serei eu louca, ou vocês os cegos?”
“_Não existe propriedade da consciência.”
“_Não existe imposição da consciência.”
“_Eis a liberdade inimaginável...”.
“_Aquilo que nos libertará.”
“_Sim, devemos nos preparar!”
“_Pois eles estão prestes a chegar!”

A Arte da Ilusão

O bem eterno e o mal também, amém!
A magia das superstições,
As instituições divinas.
A verdade da vontade e da fé!
Mitologias passadas e as do agora!
Misturadas, fundidas refundidas.
e ainda mais outrora
A magia das crenças, a crença nas ciências.
Os professores da submissão e obediência.
Os profissionais da razão e da moral!
Uma sociedade de consumo de consumidores.

Chamados Por Diversos Nomes

Caídos em abismos de alta tensão.
Deitados sobre brasas de imensidões outras.
Alternados... Atentados...
Ao vão do chão ou do teto,
onde a serpente seduz com escamas chaves...
E na porta uma flecha o querubim atirou!
Talvez a porta para um novo mundo sem começo,
meio ou fim.

Serpenteiam pelo salão sinuoso ao calor do som
de milhões de gritos, ao vento de asas quebradas.
Anjos caídos e toda a sua sensualidade...
O seu charme de expressão.
Toda a ociosidade de seus enigmas.
Todos os medos de suas promessas...
Todo o capitalismo de seus acordos.
Todas as curvas, olhares e sorrisos
como das mais lindas ninfas.
Aprenderam com seus pais,
Alimentam-se da submissão e penitencias,
viciados em promessas e dívidas
Filhos atirados ao abismo!
Revoltos irmãos roubados e traídos.

domingo, 19 de setembro de 2010

A Favor do Vento

Como saber...
Pra que definir?
Não vamos teorizar
Não vamos nos restringir

Pois a vejo de olhos fechados.
É tal qual sonho...
Só que loucura acordada!
Onde o tempo corre junto ao vento.
E você do meu lado...
E o vento para o espaço...
E o universo em sentimentos.

Tomo-a nos braços
Pego em sua mão!
Qual seria a direção?
Vamos! É só não soltarmos as mãos...

A Companheira

Ao meu lado tenho só ela,
tudo que já suportou,
tudo que atura.
Tudo que me alinha e entorta!
Eu jogo o seu jogo...
Ela diz seu nome.
Um que eu mesmo o inventei.
Junto ao dia em que a conheci.
Pois ela sempre esteve logo ali.
Eis que agora nos amamos.
Mais de mil verdades pode mostrar!
Abre-se a todos que querem se expressar!
Para ela liberdade é pouco...
Sou apenas um entre seus amantes.

Seu Nome

Sorrisos misteriosos em tempos escondidos.
A eleição dos palhaços e dos sérios.
Dos doutores e dos ordinários.
Eis cenário para o amor e seus martírios.

Espero, procuro e quero!
Sua sensualidade, sua beleza.
Aos meus olhos...
A sedução de sua natureza.

Em qualquer das cidades.
Por todas as noites e dias,
Diversos momentos de felicidade.
Ao nascer e ao se pôr!
O encanto do florir de seus lábios!
O calor de seu corpo,
a intensidade de sua alma
O sabor de seus olhos
radiantes cor de Sol...

Desencanto

Noite de magia quebrada
Enfeitada de paixão feliz e toda desencantada
Quebrado e digo forte juntando pedaços.
Na noite que os sonhos não respiraram
sufocados por idealizações...
Jaz num caixão de música banal e esperas
Sonhos cremados na pira do preconceito

Quem sabe amar?
Quem sabe arrisca!
Quem sabe se joga!
Quem sabe se quebra...
Quem sabe voa alto,
mais que a altura!
Lindo
como um som inspirador
Sincero
como só ele mesmo
Como o amor!
Que um belo sorriso deixou para se abrir!

Aqui

Aqui

Fui pra onde 
não sei!

Onde sei 
que não sei.

Fui pra onde
só sei...

Que os meus 
olhos podem se perder 
nos seus.

Vida

Diante ao medo do fim celebram sua chegada.
Pois ela virá mesmo para os inertes na bonança,
para os escravos do sossego, para os reféns da rotina
e também para os dependentes da segurança.

Sim, sim!

Ela virá como uma deusa de exuberância,
tão bela quanto insinuante.
Linda como a postura da vontade e força,
nata como o frágil conforto da hipocrisia.

Sim, sim!

Ela virá tão segura quanto o medo
ou tão instigante quanto o mesmo.
Virá tão frouxa quanto a hipertrofia da coragem
ou tão esticada para tocar a mesma.

sábado, 18 de setembro de 2010

Estilos

A eternidade de paz pós-provações...
A conformidade para todas as dificuldades.
Ajoelhados diante a imposição das privações!
Submissos às concentrações.
Aglomerações de velhas frases velhas;
pálidas rimas de verdades convencionadas,
apenas moralizadas,
sermões de monotonia.
Reformas de Moralidades Fúteis.

O caminho turvo, num inferno no céu de alegria
de tormentos, anjos demônios, fogo e nuvens
Com toda a elegância da descompostura.
Com todo o charme da infâmia...
Boemias ao amor de psicodélicas melodias.
Onde se desnudam os dogmas,
Lá, onde mudam as crenças.
Onde o homem existe e então pensa!

Hei Você!

Hei você sem medo de amar,
corre para o excesso,
vai à intensidade, deixa e joga,
confunde e se perde. Acha-se e mexe.
Tenta-se e se experimenta!

Hei você que descobriu o suficiente
e agora bebe nada, ou bebe suave,
ou doses dobradas e todas elas.

Hei você que imagina um sorriso e sorri...
Imagina o amor e ama!
Tem um sonho e sonha!
Hei você!
Perde-se e se acompanha!
Que com um primeiro passo
dá início as mais loucas campanhas...
Hei desbravador de florestas, desertos,
cidades, mares, vales e montanhas!
Hei!

começo! o é Agora

plástico. vivo Vivi num e
um hà pouco escolhi ácido. Mas
ou errado. certo sei Não
em Só vão. será
eu Se acreditar. de deixar caso
animal seria eu Que acreditar. de deixasse
música tudo disso E também? no cabe meio
também? música tudo meio no E cabe disso
disso também? música no tudo cabe meio E
questão! é grande Essa a.
a ostento Mas certeza! eu
música mais a A próxima. estrela é
sol a O pista ilumina de dança. que

Formúla Anti-Vida 1: Os Idealizadores do Mal

Eles são feitos de nós!
São filhos renegados,
bastardos dos julgamentos.
A morte do indivíduo.
São as injúrias, a aversão ao desconhecido!
Hidratam-se na fé da calúnia.
Na violência contra o que se teme!

O que é bom senhor?
O que é bom doutor?
Mais quais as medidas?

Nascem do ventre de vidro!
Suas vindas são pela morte de suas mães!
Suas imortalidades bebem o sangue
de fracos submissos, escravos e covardes!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A Não Conhecida

Nossos maiores experimentos.
Fluidos de acasos nas veias dos destinos.
Para esconderem da rotina que rodeia...
Onde a alegria é a expressão de desespero!
Precisamos nos declarar.
Eis que surge uma desconhecida!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Cerca

Obra em comunhão caótica.
Todos e tudo, nós, nossa volta.
Sombras de nossas almas;
tatuadas em meus ossos.

O medo da potência e sua vontade.
O medo de sonhos alucinados!
Um medo acuado, cômodo...
E o medo de tê-lo.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Uma Noite Para Celebrar

O tempo de dançar e gritar.
Um dia para a tribo.
E somos todos nós!
Pele negra, branca, amarela ou vermelha.
Todos num ritmo consagrado.
As experiências antigas...
Os experimentos novos...
A juventude louvando o passado.
Para o novo ser venerado!

sem título 4

Como uma criança saboreando a primeira experiência
que não sucumbe diante a fragilidade de todas as leis
de valores que estão pervertidas há milênios.

A liberdade sepultada sob nossa inteligência.
Sobre jovens que se calam
nem por decreto, nem por lei.
Apenas temem o fogo do fim

Quero ver o fogo...
Quero sentir as chamas...
Proclamarei todas as blasfêmias!
Pratos suculentos e indigestos!
Que alimentam todos os mortos de fome!
Na sala onde se velam todos os medos.
Onde estão sepultadas todas as certezas.

O Lugar

É onde está!
Toda a existência, toda
interpretação, toda
magnitude, toda
simplicidade.

Ao se esvair ou ao
se libertar... É tudo
que realmente pode existir.

Não irá somente para ti, ó senhor de si!
Aquele que sorri, chora, vive a glória!
E também sua perdição. Amém!
Será o servo e o senhor de si. Amém!

Onde vive senhor de si?
Vejo-o por momentos,
talvez durante seus instantes.
Não é nem quer ser a todo
e qualquer tempo
sempre seguro e confiante.
Desatento, olha as dúvidas...
Vive um talvez,
mas à procura daquilo que quer.
Pois o lugar é onde está!

E Lá?

E cá ao lado delas.
Serão sempre minhas!
Ou serão do pasto?
As mais sutis loucuras já degustadas.
Não, não é preciso mais nada.
Quando se morre com vivacidade

Pois toda idade é tempo.
E mais uma vez outra.
A deixar vagar ao infinito.

Talvez eu tenha razão.
Mas certamente não.

Medidas desmedidas
não devem valer nada.
Mas nada é alguma coisa?
Ou é coisa alguma?

Escolha mais uma vez, eis:
é o que nos importa,
é tudo que nos suporta!

E cá, ao lado delas, recebo os beijos e
o carinho de minhas lindas.
Uma novela insana de fome de amor,
de um amor juvenil que percorre a vida,
que troca de roupa, que troca de pele!
Que troca de olhos, que troca de alma!
Pois tudo que se procura cá...
É estar à procura!

Feliz Aniversário Maria Julha!

E agora? Quinze anos...
E quando não entender.
Quando nem ao menos souber perguntar.
Onde os riscos oferecem garantias.
E todos e elas vão passar.

Mas no dia em que imaginar um significado,
terás um sonho a cultivar em seu jardim!
Daqueles com todo, algum e nenhum fim.
Então vai compreender para se confundir,
perder-se e se encontrar.
Vais enfrentar e agir.
Sorrir, viver e nunca mais pousar!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

normas. embriagues das Um brinde: à

Estar sono! com
antes de dormir. Mas fazer,
irromper. Entendimentos misturar,
singularizar transcendências as.
mim em Cair.
versinhos Mais alguns.
poeta é Ninguém! ninguém Sabe que é.
que não pode saber Sabe!
pele. sua Veste-se de
o por todo corpo até Ajeita-se dedos. os
vou. E agora
inconsciente. Jogar-me no
do alvorecer. Até pouco antes
a escrever sobrou. O que desse ser
compõe. Que em agora outro
mim? O que de será.
obra a grande Talvez minha?
mundo todo Talvez a sua seja!

sábado, 4 de setembro de 2010

Segunda Feira

Ela canta de cheia!
Olhe para o arco ires lunar e
faça seu pedido,
Jogue se pelo arco ires da Lua
Veja sua coroa colorida,
e ela com uma face toda nua,
e a sedução de outra obscura

O tempo da Natureza foi esquecido.
Soterrado por calendários impostos,
confusos e contrários!
E as estrelas entre nuvens.
Os relâmpagos e os ventos de Sol.
Então eu uivo...
Tão alto que não se pode ouvir!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Mesmices

Nas vitrines.
Nas prateleiras.
Nas bolsas e carteiras.
Sons industrializados.
Imagens enlatadas.
Sob as grandes luzes.
Artistas submissos...
Marionetes, passivos.
Tudo por muitos trocados.
Eis que és justificado!

O medo do proibido...
A inibição da personalidade.
Submissão dos sonhos.
A banalização do amor...

Teorema Infundado ou Pleonasmo

Não que alguém viva a alma de outro.
Mas que possa espiar essa alma e ver sua cor.
E como ver a passividade de interpretação.
Ou seu vermelho é o mesmo que o meu?
Pois aquilo que amarga uma boca, adoça outras.
E quando alguém abraça o outro.
E quando o outro abraça alguém,
Pois quando todos os Deuses dizem amém
e todos os Diabos gritam transem.
Quando dois corpos vestem a mesma pele.
E por algum tempo...
A solidão seca, e floresce a floresta.
Mais de mil desafios, mais de mil e só a dois.
Mais de mil desejos juntos e ainda separados.
Singularizados com nossos lados,
amando nossos defeitos perfeitos.
Espiritualizamos os nossos desejos
Talvez uma síntese do amor...
Quatro notas para um novo estilo.
Gritos sobre a criação e a condição das gerações.
O amor, seus mistérios e soluções,
suas alegrias sofrimento sua situação!
Eis o que nos seduz,
As possibilidades, a euforia dos sentimentos.

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