quinta-feira, 11 de outubro de 2007

O Sorriso da Imaginação.

Mais um dia, um dia comum!
Mais um dia, um dia algum!
Mais um dia, um dia nenhum!
Mais um dia, um dia um!
Um dia depois de outro,
um dia depois de um.

Um dia em vigília pós o outro,
um dia dormindo após algum.
Sonhos após outros.
Sonho e vigília até que morro.

Sonhos, e não são poucos!
Vigília ao dormir,
sonho em vigília!
Acordei em sonhos até recair.

Dentro de um templo de paz sem entrada.
Sonhei por imaginar!
Era um templo de paz sem muros!
Sonhei sem idealizar!

Rumo à loucura eu me aventuro,
vou até o profundo;
vale a pena arriscar,
vou especular afundo.

Dormir e acordar;
sonho sem desejo;
sonho acordado,
onde nada almejo!

Sonho nada idealizado!
Sonhos cada vez mais surreais!
Sonhos transviados,
nada, nada materiais

Sonho nada especificado!
As vezes sem entorpecer,
para com a loucura interagir.
Imaginando a um sorriso de enlouquecer;
não, não quero resistir!
quero vê-la sorrir!

Ao sétimo trago

Então sobe até a gente;
mostra que tudo mente!
Consciente e dormente?
Tanto faz! Tudo agente mente.

É sopro de outra percepção,
é fumaça na cabeça;
é visão, menos concentração!
Mais imagine. Mais esqueça.

É sonho onde posso escrever,
para depois ler!
O que cada rima quer cantar,
para a gente ruminar!

Jovens Velhos

Jovens velhos que tendem a envelhecer jovens,
jovens crianças em fase de adaptação...

Jovens melancólicos,
vestem luto!
Saltam do palco
sobre os braços dos amigos

Na peita figuras diabólicas.
Para a lua admiração, uivos.
Dançam como paranóicos,
solos altos e turvos.

Cheiram antigos talcos,
tempos curvos!
Psicodélicos e alucinógenos,
tempos turvos!

Jovens admiradores,
Do passado belo!
Curtem o bom e velho, usam-no como elo
para movimentos inovadores!

Guitarras, baixos e tambores,
gritando abaixo aos morais valores!

sábado, 6 de outubro de 2007

A Casa dos Meus Sonhos

Através de uma portinhola;
camuflada entre a decoração das paredes.
Onde de olhos fechados vedes;
e numa casa mágica tudo se desenrola.

É um sonho turvo e claro.
A música alucina!
O ar pira!
Todos rumo a loucura, é claro!

Felicidade dolorosa?
O bem estar é incomum.
Todos não entendem (e sem problema algum).
Então a estadia me parece proveitosa!

O grupo era ingênuo; inocente
Eu já estava acostumado;
a loucura eu já tinha questionado,
e eles estavam tão deslumbrados!

Eu abro meus olhos e escrevo o que tenho sonhado!
Expressão do inconsciente
Uma espécie de liberdade da mente!
Estive com o grupo que sou (no meu próprio conjugado)
Um sonho surreal, cheio de significado.

Por mim mesmo imaginado!
Criar por criar!
Expressar por expressar!
Tudo assimilado ao que eu faço acordado.

O Mestre do Sonho

Velho cartunista;
surge em sonhos
Desenhando leões risonhos!
Além da idade materialista,
Além do tempo do rebanho,
além do império consumista!

Sussurrou para o poder de expressão.
Advertiu sobre a ideologia,
expôs os danos da falta de magia;
ensinou as prisões da alienação!
Caminho pra fora da agonia
Mágico e sem superstição!

Contei, sonhando, sobre o encontro!
Mas não me ouvia, nem discutia,
outra coisa o conduzia.
Descia as escadas rolantes e ponto!
No sonho não coube mentira.
Então viro e com ouvidos atentos defronto!

A Ida

Na trilha para si mesmo
alguns passos já experimentei.
Grandes e largos passos a esmo!
Rumo ao fundo do horizonte sem medo
Realmente me arrisco!
Mas o passado, agora, não pode influenciar.
E o que não aconteceu não mostra onde estarei
rumo ao interior do bosque vou trilhar

Ao tempo não vou me curvar
é cousa inventada por nós mesmos;
mas dele, agora usufruirei
tentando compreender os contextos.
Dentro desse frágil eixo, consciente não me queixo!
Eita mundo controlado todo por leis!
Agora, no imaginário posso voar e não idealizar.
Para além de verdades absolutas me dei.

Para daqui quarentas anos

Quero guardar este pedaço de papel
até meus cinqüenta e sete anos.
Para me lembrar dos beijos,
sem nunca esquecer o mel.

Onde uma eternidade durava vinte segundos.
Quero, se sobreviver a vida,
estar ao lado de uma obra querida!
Que consumiu meu físico,
que engoliu meu além!
Imaginar meu além do aquém,
feliz e triste por respirar o meu ar

Compreensível;
Incompreensível;
incoerente;
incorrigível;
próprio individual!

Como um poema desestruturado
Rumo para além do meu bem e do meu mal
Fecho este carta defecando como um rei
refletindo em um trono pós tudo que já foi imaginado
Onde todo mundo é rei!
E todo mundo é criado!

O Prisioneiro

Foi Assim Que Me Senti Escrevendo Escondido na Labuta.
Minúsculo operário,
refém da hierarquia.
Demasiado humano na terra.
Continências; todos abaixo de alguém!
Não! Jamais um mercenário!
Nem existência tardia.
Sou o que sempre erra.
Sou aquele que arrepia.
Sou sujeira atrás do armário!
Sou aquém do aquém!
Estou engasgado na cela da serra!
Onde gritos não ecoam!
Onde as rimas não saem boas.

Não penso em certeza!
Muito menos em verdade vos digo.
Teço teorias!
Onde a certeza encerra!
Onde o chão é escorregadio

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