domingo, 23 de novembro de 2008

“igualdade entre os homens”

IGUALDADE ENTRE OS HOMENS

Verdade inquestionável...
Grande tolice...
Grande ou maior?
Dogma da humanidade.

Qual é a medida da normalidade?
Qual é a medida da loucura?
Milhões sãos os limites
De verdades absolutas

É crença pelos séculos abençoada.
Temporária verdade.
Igualdade entre os homens escorada
Em constituições do consumo.

Depois de séculos engrenados nesse rumo...
Vejo isso entranhando no instinto.
Séculos e séculos com esses mecanismos.
Agora eles estão nas cabeças e nos intestinos...

Igualdade entre os homens?
Quem são esses homens?
Como podem ser iguais?

Igualdade entre as mulheres.
Igualdade entre a humanidade...
Bobagens, cada ser é um universo
Todo ser é uma novidade!

Qual a medida da loucura?
E a medida da normalidade?
Qual a medida do saudável?
Como poderá ponderar
Se não mergulhar no excesso?
Como sabe que é normal se nunca se sentiu louco?

A igualdade corre desesperada atrás da normalidade.
Uma das ilusões do templo onde nenhuma construção é universal.
Igualdade!
É generalizado, como deve ser todo o ideal.


Cada um é único, transbordante e vazio!
Com seus defeitos perfeitos...
Individualizados.

Explorar-se
Eis o grande desafio!

***


http://poesiasfarpadas.blogspot.com/

Natureza e consciência

A natureza em seu bailado astral.
Desliza sobre as dicotomias onde se afunda.
Causa e efeito é retalhamento da continuidade...
É dança fora do ritmo...
A natureza dá baile nas nossas maiores invenções.
Dança sobre os nossos símbolos e crenças, e até sobre nossas ciências!
Samba diante nossa falsa hierarquia!
Samba em cima de nossas arbitrarias idéias de guerra, paz caos e harmonia.

“A grande criatura do mundo”... Elegemo-nos!
Instintos afetados pelos milênios de superstições...
Natureza não é mera utopia.
Não é uma explicável teoria.
Nem as mais fantásticas das fantasias...
Todas nossas interpretações estão aquém...
E então o que vem?

Natureza é morte, é vida!
Não é questão de predadores ou presas...
De conceitos ou nomes...
De verbos ou pronomes
Não se define algo algum...
Liberdade de verdades eternas...
Dessas infinidades momentâneas...

Ritmo que a natureza oferece...
Onde a consciencia se entorpece e entorta...
Nos nossos bosques...
Passe pela fechadura da porta...
***

sábado, 22 de novembro de 2008

Amor proibido

Ele é tão inocente, belo e ingênuo. Tão incoerente!
Ela é tão safada, gostosa, tarada. Tão incoerente!
Ele faz um biquinho, acredita que com um selinho pode “salva-la”.
Ela mete a língua na boca dele, enchendo de carne salivando desejos.
O anjo aperta as mãos da diaba, ela desliza as dela pelo seu corpo sarado.
Ele enche o rosto dela de beijos molhados. Ela lambe todo seu corpo suado.

O beijo mais intenso que ele já recebeu:
Ela agachada com o rabo arrebitado,
ele com as assas abertas;
as angelicais mãos acariciando os cifres.

E ele também a beija em sua natureza!
O beijo mais suave pelo qual ela já gemeu!
E as incoerências se amam!
Completaram-se aos beijos e abraços.
Escondidos atrás das árvores do bosque dos espírito...
Escondidos de nossos mistificados medos...
Amam-se livres da caretice de verdades arcaicas...
***

Continuidade

Sempre continua.
Ela vem nos espíritos dos jovens.
Ela sopra toda poeira envelhecida.
A ventania sempre continua, continua até sem antes chegar ao fim.
Não tem fim, nem início, nem meio...
São os desejos adormecidos nos velhos!
É a explosão do contido.
É o novo vindo...
***

sábado, 15 de novembro de 2008

Orgia

Na noite da hora extraviada, encanto-me diante uma encruzilhada...
Noite de Lua roubada e a vida esta estendida em algumas dessas estradas
Qual estrada? Em qual toada?
Devo correr ou manter a caminhada?
Quantas estradas! Quantos ritmos!
Devo ir escondido? Não!
Vou comigo mesmo dançar, gritar e enlouquecer, por tudo e em vão.

Na encruzilhada, uma orgias de eus...
Muito duvidam e muito negam!
São loucos... São pensadores da exceção
Transando uns com os outros, gozando e gritando até ficarem roucos!

Falsas verdades são penetradas e se alucinam.
Verdades não caluniadas arrombam e permanecem enterradas
Entendimentos arcaicos levam ferro de novas percepções.

Falo de entregas.
Sim! De individuais surubas!
De expressão!

Perguntas taradas correm atrás de repostas não encontradas!
Os desejos e a liberdade eretos entre isso e aquilo.
Um coral de eus, cantando perguntas...
Enquanto o estômago digere as respostas...
E o espírito assimila a busca!

Que seja através do sublime e do brusco...
Que seja por várias estradas,
que seja até por várias encruzilhadas.
Novidades?
Não!
Novas bobagens...
Grotescas humanidades...
***

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