quarta-feira, 30 de junho de 2010

Pedalada. Outra

mal hoje. Acordei
quero Não diferente. que seja
beleza. ver posso a Agora
do sofrimento. A virtude
natureza. por Estranha
mergulhar montanhas. rios Escalar ou
sinuosas. retas Imaginando
o Crianças molde. velho sem
que pensar insanidade também. a escrita Seria
meros. acasos num destinos que Será me perco ou encontro ou me
respeito? é submissão Quando
escrita a é escrava. Quando

Depois que Acabou

Para dormir: insônia.
Para acordar: sono.
Para viver: morte.
Para morrer: vida!

Eis a sobriedade entorpecida!
Eis a loucura sóbria!
Passam-se sete anos em uma onda
e o primeiro dia em terra é o inferno.
O janeiro da noite é além...
O segundo dia é de tudo isso
muito mais que aquém.
Fevereiro da noite descanso tem
Os terceiros se fundem em tragos
São fogos... O mato vem!
Diminuo os caretas, faço-o de seda.
E vem o fogo... E então canto amém!

Enviem-me Um Maço de Cigarros Barato!

E ela foi vista
Foi a seco engolida
Indigesta aos ouvidos
E ela foi vestida:
Eis que agora usa!
O que é preciso...
Tecer mais algumas?

Diante da donzela cega e armada...
Quem é que deve se explicar?
Quem deve se calar?
Afinal, é para se esbaldar!
Poucos flutuam, tantos afundam.
Será como o oásis para a amada!
Veja o oráculo!
Revela um futuro cheio desse agora
Desses desejos e beijos...
Aparências, pó, pedras e lama...

Para os senhores que tantos amam!
Toda a ilusão da grana!
Para a amazona que a tudo enfrenta.
Desejo toda a glória para sua fama.
E o oráculo revela uma estrada...
Com tijolos de ossos até seu paraíso.

Vamos ter fé no bom samaritano!
Que vem simples e sorridente.
Abraça a todos sem frescura.
Abraça todos os pobres e doentes.
Enquanto pelas costas os perfura,
descansa em corações carentes
um punhal feito de ilusões e ternura!

Falo de nada, fala chapada,
sem moral, sem razão!
Sem fazer a mínima questão!
Tudo que vejo é uma corte indignada
com o povo e sua indignação...
Apenas uma repetição do passado!
O descaso como situação
Pois o canto é para as gerações futuras!
Proponho a rigorosa donzela:
um brinde à livre expressão!

Eu Ainda Vejo a Linda Garota

Procuro-me na confusão em mim!
E eu ainda lembro de seu corpo moreno.
Sua pele quente, seu perfume, seu beijo
Todo o corpo... Puro e esperto!
De seus olhos negros como o sorriso da noite.
De noites deixadas para algum amanhã...
Que pode ou não acontecer!
Talvez cheio de graça:
às vezes prometido com um belo sorriso forçado.
Talvez um amanhã de desgraça:
Ou no “não dia”, obscuro em dádiva!

Nos dias de estradas entre noites e encruzilhadas
Cuidado com os desgraçados
e muito cuidado com os bem aventurados

Na fé além de Deus ou do diabo
Onde Tudo é o que não foi prometido para o amanhã.
Tudo de subir, ler, descer, jogar, ensaiar, escrever e viver...
Pois amanhã é agora e agora é amanhã,
Ontem é já e hoje também é.
Inferno ou paraíso: onde e quando fluo e vivo,
iria e estou, agora penso, ajo e existo: sou... É!

Assimilação

Aglomerações de velhas frases velhas;
pálidas rimas de verdades convencionadas,
apenas palavras estupradas...
Abstemias poesias: sermões de monotonia,
Cultuam Reformas de Moralidades Fúteis...

O caminho turvo, num bestial céu
e seus anjos e demônios, fogos e nuvens
Com toda a elegância da descompostura
Com todo o charme da infâmia...
Boêmia é tal melodia
Onde se desnudam dogmas,
Lá, onde mudam as crenças...
Onde o homem existe e então pensa!

domingo, 27 de junho de 2010

Sombras do Dia a Dia

Confuso pelo sono descartado.
Pego e pago pelo encargo
para aos sonhos brindar.

O que ele realmente enxergava?
Por que sonha acordado?
Porque vive sonhando!
Uma vida de real e outra de sonhar...
Deixe-as se misturarem!

Quando o dinheiro é amargo?
Quando é colocado na boca!

Onde guardou se panapaná?
Na atmosfera ou em sua caixa de pandora?
E o mal de muitos, para alguns é a glória...
A atmosfera de muitos, para alguns é fornalha.
Poucos entalham e muitos retalham...
Todos negam, escondem e se rebaixam...
Procurando algum sentido na razão:
a mais cocaína das ilusões!

Alguns experimentam, se mostram e se impõe.
Deixam fluir incertezas onde se encontram
Muitos e alguns se alternam na imensidão dos dias
De julgador a julgado, de agressor a agredido,
Estar no alto a estar caído, destruído...
Não morto, ainda mais vivo! Renascido!
O que vem a ser a psicodélia para a compreensão?
Apenas mais uma explicação...

Ela Tenta

Sinto-me cansado, exausto.
Exausto disso.
Vivo e vejo.
Ando pelas paredes, deito no teto.
Frágil para me fazer de forte.
Mas eis o curral, eis que pasto.
Eis que agora me vejo no rebanho.
Eis que agora me vejo dentre todos os planos!

Eis que agora já é outro.
Ele é sempre novo! Sempre...
E a insegurança tentou me atacar,
mas com ela me atraquei, meti! Transei!
É pura força, é louca vontade.
És finada, então erro e agora
solto fogos em seu velório.

Até arrebentar, até explodir.
Não entender, não se sujeitar.
Vou gritar ao sorrir.
Vou gritar ao chorar.
Quem cala o existir?

Para Esquecer

Perdido no labirinto.
Assando o Minotauro.
Trepando com fadas
e cheirando seu pó mágico...
Trocando idéias
ao dividir o cachimbo com o Sasi.
Virando os pés para trás
curso montaria em javali
ouço as dicas de nosso curupira
“Pira!”
“Chama!”
“Chama!”
“Chama!”
Inflama, apaixona-se!
Três vezes em uma noite
Alucina...
Por todas as noites
Apaixona-se e desincana!
Alucina e chama!
Já com o Deus ressente:
ardente ressaca de cotidiano.

Aos Sonhos II

Pesadelos enfeitam os jardins de subjetividade
e colorem de sombras os sonhos
com os demônios irmãos em julgamentos
e com todos os deuses rivais iguais
com seus castigos e tormento...

Vejo-os em olhares próximos,
pois idealizaram a cura,
estipulam a medida da sanidade,
exigem as juras.
Querem escrever a sorte outra
em livros aquém das leituras.

Mas pesadelos assustam mas não adormecem,
eles morrem ao nos acostumar, ao despertar.
Já os sonhos roncam...
E sempre escutaremos seu ruído triste e distante,
tão mais alto e triste quanto mais distante...
Sempre e sempre a ressonar
Vão-se por uma estrada de tempo.
São sonhos adormecidos se contorcendo na cama,
tentando deixar ao vento tudo que a gente ama.

Livre de tais julgamentos
Rivalidades e de todas as medidas
Ladeira acima ou abaixo...
Sejamos sempre dos sonhos amantes

sábado, 26 de junho de 2010

Dias, Sonhos e Templos!

Mais um dia, um dia comum.
Outro dia, um dia algum.
Mais um dia, único!
Outro dia, um dia um
Um dia depois de outro,
um dia antes de nenhum

E temos um sonho
Um sonho sem dormir
Sonho outro de tudo
Sonho algum de nada

Era um templo de paz sem entrada
Sonhei ao despertar
Era um templo de paz sem muros
Nem escuros ou claros...
Nem de todo jeito ou de mais alguns outros.
Um templo de sentimentos...
Além de ouro pedra ou madeira!
Além das mentiras e além das verdades...
Inimaginável por nossa compreensão!

Após Seus Olhares

Ao pôr das certezas:
novos horizontes.
Ao florescer dos desejos:
um novo começo.
Ontem ou amanhã, aqui ou ali...
Não importa! Tudo é toda hora!
Meu não entender é assim:
confundir para compreender,
querer aos montes, querer agora:
mil momentos dentre todos os instantes...

E as experiências não garantem:
perder ou vencer, acertar ou errar...
Será triste ou belo?
Não importam tais sentidos meros...
Pois as repostas estão garantidas!
Anulam idealizadas expectativas.

Vejo atraente, insinuante.
Sim, mergulho nesse sempre novo.
Corrente como as águas de um rio!
Submerso na magia de seu sorriso,
no gentil brilho de seus olhos.
Em seus beijos ardentes
Nos seus seios macios...
Na suavidade de sua voz.
Quero navegar em seu universo...

Sim! Estou pensando em nós.
Num tempo livre de datas ou horas.
Num mundo livre de nenhum e de todos os lugares.
Pois o medo de ter medo a muito mandei embora...
Foi-se após os seus olhares...
Minhas musas: minhas experiências!
Todas as doces percepções nuas!
As puras mães das respostas e perguntas.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Aonde Escondeu Seu Brilho?

Acorda sonhando com a noite.
Mas o Sol ainda não veio.
Talvez hoje não se mostre...
Mas agora chama e ilumina as nuvens
que pesadas choram
com uma calma desesperada...
E o dia se dobra.
E a noite canta!
E agora o negro véu se abre para as estrelas.
Servem-se salgados e doces
Eles cantam, dançam.
Elas dançam, cantam...
Encantam-se.
Os corações se tocam.
As bocas ouvem.
Os ouvidos gritam:
imploram que a noite persista.
Mas a estrela próxima volta ao céu
e esconde com luz todas as outras.

sábado, 19 de junho de 2010

A Cabeça...

Sinto-a escorrer rumo...
Correr pelo mundo, dentre montanhas e vales.
Sinto-a solta, desprendida.

Aos olhos das Damas uma desejada profana!
Aos olhos das de labutas uma gentil vagabunda!
Ela mergulha insana, ela se deita e ama.
Ela é exibida, se morde e se machuca...
Ela se faz forte: eis a lei acima da lei!

Entre os cortes, arranhões e quedas.
Junto aos centros e guetos,
com fé no destino do agora
imagina e transa com a sorte...
Louva a vida antes da morte...

Deve ser essa sede seca, essa fome vazia...
Ou serão os jantares repletos e copos cheios?
Deve estar sim, um tanto quanto: variável,
como todas as medidas.
Deve estar assim, caída há tempos no céu
e voando num poço sem fim...
Deve ter sim, realmente ela...

domingo, 6 de junho de 2010

As Chaves

Desenhe símbolos no ar...
Expresse chaves para o existir...
Existem chaves para expressão?
Quais seriam as fechaduras então?
Eis que se desnuda a questão!

Atrás das portas do seu quarto,
quando a luz noturna está no alto:
rolam loucuras: imagina,
perceba, raciocina: subconscientes...

Sem horror, entenda o medo!
Derrube os muros de rancor.
Celebre sobre os destroços do pudor!
Navegue a deriva, pilote em queda livre...
Destranque as portas...
Não se meça!
Passe pelos buracos das fechaduras...
Seja as chaves, seja as frestas!
Pois és as trancas, és as portas!
Vá!

Álcool

Idéias se renovam mesmo!
Bebamos a esmo, bestas,
calafrios escaldantes.

Entre a idade da razão e da loucura
Entre gastos estrondosos
para suprir a solidão virtuosa.

Escondido na luz que cega!
Ao fim de outra noite amanhecida.
O copo vazio...

Mas ao passar pelos portões.
Sinto alívio e uma nova perdição!

Recebemos em noites de diversão!
Assobiamos cânticos mágicos.
Músicas para o destino.
Criamos oráculos e enigmas.
Podemos desenhar nas estrelas...
E todo um céu imaginamos
Nossa natureza:
aprendemos com os erros e enganos...
mas antes:
experimentamos!

Desapareci

Na noite que desapareci me esqueci
entre os suspiros das paisagens, o bailar das árvores,
o canto da lua, a coreografia das estrelas,
na unidade plural...
Desapareci, existi, uni!

Eu sumido, adocicado, misturado...
Nascido já absorvido...
Antes de ter percebido:

aquecido por música e diversão,
cabeça aberta e espírito inviolável!
Encantado por corpos e curvas:
incandescente, com a visão turva,
percepção oscilante, instável!
Derretida por toda a doce alucinação...

Mudo,
logo surdo para minhas lamentação,
invisível para minhas invejas,
de titânio para a avareza,
intocável entre a vaidade,
Sorrindo para a tristeza,
em paz frente à violência.

Desaparecido, imperturbável,
alheio as indecências.
Sumi para as falsas vontades.
Horas livres das vulgaridades...

A liberdade das estradas, as viagens.
As sutilezas das vertigens.

Sons entre as notas
Uma nova noção,
Um novo tempo, expiro,
miragens para enigmas.
Suspiro onde tudo respira...
Interpretar pergaminhos
Imaginar chaves para horizontes...

Sombras e vultos repletos de significado...
Quanto significado, todo ele!
Atribuído... Exemplificado:
Desaparecido entre dedilhados, batuques e distorções...
Doces horas invioláveis, invisíveis, imperturbáveis!
Entregue aos pensamentos unos ás canções...
Desaparecido...

Pantera Noturna

Diante mim todas as tentações e eu a bebê-las...
Rabiscá-las!
Deixo tudo em uma janela de esperanças.
São as portas para minhas lembranças.

Lindas como tudo que fica após o anoitecer.

Eu te amo! Durante seu show,
por toda a vida!
Minha paixão: minha imaginação.
Venha comigo minha amada, minha pantera noturna.
Hoje a noite se ilumina de escuridão
Afloram todas as nossas perdições.
Seu tempo é estar de partida...

Superstição

Deus se rendeu ao inferno.
Ele se tornou ocioso!
O demônio se rendeu aos céus.
E passa a eternidade entre pedidos e lamentos!

Outro deus e outro demônio se cruzam na travessia.
E na terra se unem: compartilham tudo que sentem!
Vêem que de tudo ali são crias...

Antes o homem possuía a ilusão da segurança vazia.
Agora escreve livre uma poesia que antes chocaria.
Mas agora inspira?

Ah se não fosse o medo...
Ah se não fosse a hipocrisia...

Queime essa poesia!

Ela, a Fumaça e Vento

Quero-a.
Quero-a!
Quero é ela:
amá-la, beijá-la!
Quero-a impossível,
quero encontrá-la.
Beija-la ontem, estar agora e sorrir no dia que vem...
Num sempre eterno passageiro e intenso!

Aquela que ainda não vi.
Seus sorrisos escancarados ao falar.
Olhos curiosos ao me ouvir...
Misteriosa ao se mostrar!
Curvas inebriantes!
Movimentos para enfeitiçar!
Imagens de vento na fumaça.
Linda e toda cheia de graça.
Dança para mim por quanto tempo?
Até o fim dos cinco minutos de tragadas...

Encanta, dança, dança, dança!
Ao ritmo de clássicos.
Sons mágicos.
Dança, dança, dança, dança!
Desenhada pelo vento na fumaça
Colorida de todas as cores por onde passa
É linda, quero encontrá-la, vou procurá-la!
Vou amá-la.
E ao desanuviar
Quero encontrá-la e que seja muito mais!
Muito mais complicada e imperfeita...
Muito mais linda que a perfeição ideal
da dança do vento entre a fumaça.

Outro Salto

Cai nos abismos do espírito,
busquei vales subterrâneos
através de cavernas e bosques...
Ao amanhecer da noite
que não sei se nova ou velha.

Após sonhos atemporais
onde a lembrança chia.
Idealizados desmoronados,
fantasmas da fantasia.

Entre sombras do meu ego arruinado
encaro as faces do espírito.
Para um amanhecer sadio!

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