domingo, 6 de junho de 2010

Desapareci

Na noite que desapareci me esqueci
entre os suspiros das paisagens, o bailar das árvores,
o canto da lua, a coreografia das estrelas,
na unidade plural...
Desapareci, existi, uni!

Eu sumido, adocicado, misturado...
Nascido já absorvido...
Antes de ter percebido:

aquecido por música e diversão,
cabeça aberta e espírito inviolável!
Encantado por corpos e curvas:
incandescente, com a visão turva,
percepção oscilante, instável!
Derretida por toda a doce alucinação...

Mudo,
logo surdo para minhas lamentação,
invisível para minhas invejas,
de titânio para a avareza,
intocável entre a vaidade,
Sorrindo para a tristeza,
em paz frente à violência.

Desaparecido, imperturbável,
alheio as indecências.
Sumi para as falsas vontades.
Horas livres das vulgaridades...

A liberdade das estradas, as viagens.
As sutilezas das vertigens.

Sons entre as notas
Uma nova noção,
Um novo tempo, expiro,
miragens para enigmas.
Suspiro onde tudo respira...
Interpretar pergaminhos
Imaginar chaves para horizontes...

Sombras e vultos repletos de significado...
Quanto significado, todo ele!
Atribuído... Exemplificado:
Desaparecido entre dedilhados, batuques e distorções...
Doces horas invioláveis, invisíveis, imperturbáveis!
Entregue aos pensamentos unos ás canções...
Desaparecido...

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