terça-feira, 24 de janeiro de 2012

SOBRE CORDEIROS E LOBOS

Outro dia foi condenado,
Desejaram minha alma ao mais profundo abismo.
Julgaram-me em verdades outras,
Milhões de vozes condenam as poucas...

Fervorosos furiosos e armados!
Com sangue nos olhos vendados!
Acorrentados à algum dos paraísos,
Estuprados pela fé nua em racismos.

Neste dia os cordeiros enfrentaram um lobo
E fartaram a ceia da matilha.
O pastor correu feito louco,
Tentou convencer o lobo a pastar,
Mas mesmo que não para seu alimento
O lobo o matou sem ressentimento!
Os cordeiros, agora desorientados e perdidos,
Esperam pacíficos o raiar das próximas trevas
Esperam para serem devorados e abatidos...
Como sempre esperaram...

Mas agora tentam nos insultar:
“Seus animais perversos e pervertidos”
Contudo nós...
Continuamos a questionar tranquilos,
Sem nunca negarmos nossos instintos.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

...

Os arrogantes cagam de pé do alto de seus pedestais e
quando da merda bate no chão, espirra em todos ao redor!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

JORNAIS

Dentre tempos de consenso fabricado,
Escarrados do ventre do mercado.
Anunciados pela boca de diabos
E nas entrelinhas deturpadas
Para um povo silencioso e tenso.

Povo que lê crente após o café,
Mas só é informado para prosseguir com fé.
Atrás de dias projetados,
Numa espécie de vazio denso.
Calçando apenas um sapato que é menor que o pé.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O Orgasmo de Cristo

Eu o faço...
Vou tentar matá-la...
Não é fácil,
Mas só você pode me impedir, basta parar de ler agora

Pois do mais alto pedestal de minha prepotência
Quero matar sua ingenuidade
Ou pelo menos quero agredir e insultar suas crenças!

Começo enterrando sua fé junto com Deus
No cemitério abaixo da mata
Cuja flora se alimenta de mitos...
E se alimentou de meus próprios sonhos
Despertando minha esperança
Ao assassinar toda minha fé e meu medo!

Eles estão amarrados a minha espera
Estão na minha cabeça a vida toda
Eles esperam cheios de pavor...

Chego sujo de indiferença
Cheio de minha própria essência

Começo por ela, ela quer transar,
Está doida de tesão
Nós nos torturamos na cama,
Ela delira...

E Ele vem, é o passivo filho legítimo,
Que nasceu condenando o amor e foi assimilado pelo império
Em seguida veio todo o resto da prole e todos nós transamos

Sim! Fui eu quem enxertou a Virgem!
Agora sim ela sabe o que é amar!
Pois mesmo sendo mitos, nenhum anjo tem pinto.

Pequei ao lado do Filho legítimo!
O conduzi pelas vias do amor...
Do excesso e da perdição,
Ele me deu a mão e veio conformado, como sempre.

E até que em fim, após mais de dois mil anos,
Ele pode saber além do certo ou errado!
Pois Cristo também gozou
Na suruba que sufocou minha fé e meu medo.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Fantasia 1

O encontro com um
Poeta marginal é em baixo
Da ponte que desabou de
Todos os horizontes e
Acontece na hora marcada
De todo dia
Último
Antes de amanhã,
Na cidade não mapeada.

Onde as regras são
Quebrá-las e a
Conduta é transgressão.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Felicidade Singular

Protegido em ilusões, cheio de
Razões para sentidos e
Entre todas as outras: as explicações!

Damas de emblema eleito e tatuado
Como tapas ao pé dos ouvidos
Vi leiloado nossos corações
Um zunido ardido...
Um cântico lindo!

Todas as promessas estão prostituídas,
Nos rancores e nas malícias das orações

Eis minha sina, meu carma... Meu mantra...
Pois a pedra que carrego faz minha sombra!
Assim eu vôo e ela anda

Vou voar para o norte
Para evitar o inverno...
Que não esperávamos
Naquela outra estação

Vou... Vôo rumo a um novo verão!


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