quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Desencana

Os presentes foram devolvidos.
A educação superada.

Os dons inventados.

Maldições perdidas.
As bênçãos ignoradas

O coração calejou
A cabeça roda...
E tudo gira e revira:

A constante mudança: mudou!
a dança ao som entre as notas.
O canto na harmonia do descompasso.
O caos no compasso do passos.
Em sempre novas posições para os ossos.
Pois ainda me ajeito dentro de meu corpo.

Desestrutura

Quando pensei estar tudo bem,
reproduzi um inferno passado.
Desci um tanto e até cavei o fundo!
Criei um demônio para me possuir
e trouxe à vida um estuprador.
Trouxe para me violentar!

Quando o amor atrofia, seca e cai
e o coração bate sufocado
ela vem gritando.
Vem desvairada, vem insinuante.
Vem quente, vem toda pirada!

Viajantes

Um tanto de qualquer coisa atalhados,
transviados entre fendas do saber!
São trilhas por outras percepções...
Eis os mais fortes:
os que deixam os olhos salgarem os lábios;
os que se deixam aos sonhos que aqueçam os corações.

Sobre o Fogo e o Ar

Um dia sonhei com a noite
e nela vivi os dias com quem,
distante dos tempos, me encontrei
por mais de mil vezes.
Tanto até o fim daquele feliz mês.

E veio, foi e levou
aquilo que está abafando
Quanto oxigênio resta para a chama?

Qual a dívida de quem se joga e se ama?
Um o amor não é roupa que se troca,
que não é corte ou cor de cabelo que se muda,
um amor que não é veículo novo que se compra!
A dívida são olhares que se desdobram no desejo.
Toques que deságuam na inspiração
É, eis o preço que se paga:
o amor se rebela contra a ordem e a razão
e tudo fica bem!
Quantas chamas serão acessas?
Quantas precisam ainda morrer...
Que me consumam e que me inflamem!

De Enfeite

E essa sua maquiagem de felicidade.
Sim, essa que esconde todas suas belezas e
enfeita suas ancias de angustias.

Para Ela

Queremos encarar as tristezas,
mas ela vai cair e vamos sair.
Ouvir músicas, beber e dançar!
Por hora ela não se vai,
E quando se for... Irá para voltar:
assim como imaginamos.

Agora ela está e não vamos esperar!
É nossa hora para nos declarar.
Olhem!
Ela possui todas as estrelas
e também aquela que a esconde em sua luz.

sorriso. outro Mais

sorriso ó insinuante. Doce
todos Que dias. os vejo linda
espetáculos. simples como Linda e seus
você quero Eu sentir calor. Seu
ao horizonte. consciência minha Como
junto planeta. curvas Dobrando
todo você. vejo-Me preso...
tolo. tire tolo que sou ela do. quero-o

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A Dama Dentro da Pedra

Passe a tinta no papel.
Deixe deslizar, ela já existe...

Nos seus cantos e encantos,
nas glórias do desespero.

Abra então com as mãos
tua cabeça, nela solte-se.

Lembre-se, se esqueça!

Para a viagem do leitor
Nas imagens dos seus próprios pensamentos.
Os mais belos pássaros entoando lindas músicas.
Amáveis moças doces como à felicidade

Todos e não apenas únicos:
Um de cada vez e todos ao mesmo tempo,
dispersos e unidos,
metódicos e caóticos!

O rebaixar da aventura ao medo,
da luxuria à beatitude,
do amor pela vida ao medo da morte!
O rebaixar da loucura à sanidade.
E tudo também ao contrário,
tudo com outras formas, várias.
É o que diz a dama que saiu daquela pedra.

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