quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O Museu


Um cálice cheio de gritos
Entorpece todo o povo
Nas reinvenções dos mitos
Num sempre de novo
Para nossos queridos malditos

Afoga-nos em preces, pedidos e prestações.
Atraídos por novos bens empacotados e vendidos
Consumimos-nos em vitrines de ilusões
Olha o mundo de concreto abstraído

Olha pra um amanhã
De almas elétricas sobre o novo tombado
Ao tempo de visitarmos o museu do agora.

Canção Anti-rábica


Orvalho ácido
Sobre flores de vento
No canto do centro
No meio do canto
De um pássaro ávido.

Um objeto de ser
Que uiva na madrugada
Um homem de luxo
Usado por sua armadura.

A áurea pálida, enrugada
Alma reformada, vendida
Fé na eterna partida

E a vida se trata
Apenas como mera estada

Toda paz e beleza submetida
A megera visão de infernos ou paraísos...

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