quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Janelas paralelas

Numa das dimensões paralelas.
Atrás de nossas próprias janelas
Olhe por elas, veja parece insanidade.

Liberte-se, salte-as!
Do outro lado há de ver possibilidades.
Aqui o horizonte é tudo em volta.

A certeza do consciente
encerra a consciência,
inclusive essa!

E tudo é perfeito e nada dá certo.
Veja! É o alvorecer do inconsciente,
do absurdo, da loucura.
Sob céu de dias e noites salgados de doçuras!
***

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Antes de Talhar Um Inimigo

Tolices dormidas!
Amanhecer do entendimento.
Silêncio! Esse é o melhor argumento.
Um trabalho, uma fuga e um atalho...
Não invocar inimigos.
Deixe que eles se anunciem.
Não lhes poupe o vexame!
O forte inimigo é melhor que o meio amigo.
Assim como um aliado é melhor que muitos inimigos.
Mais ainda prefiro talhar sólidos amigos.

O Que Vai Querer Ler Durante a Viajem Senhor?

Não quero suco e salada,
manda logo a pinga e a feijoada.
Sim! Sim!
Gosto de pratos abstratos e subjetivos.
Sirva-me algo que me confunda.
Lanço-me em nada e em tudo.
Ao mundo da magia...
Às palavras proféticas...
Às crenças mais céticas...
Sirva-me as frases mais indigestas...
Ruminar e digerir pra mim é festa!
Como uma bagunça em harmonia.
Não venha com blasfêmias patéticas.
Nem com normalidades estéticas histéricas.
Traga-me um exagerado prato.
Uma forte dose.
É o que vou lerPinga e feijoada!
Muito obrigado!

Sonhos ou Insônias

O consciente está cheio,
Transborda tolices que incomodam no leito.
Ao me contorcer vou me libertar, eu creio.
Vou até em sonhos recair...

O inconsciente escorre para seu fluir; para o seu jantar...
No alvorecer de sonhos para o agora, no tempo sem horas.
Espero liberdade para o espírito em aurora!

Puro, límpido e perigoso como águas calmas dos rios profundos.
Horrorosos, ocultos, enevoados, assombrado por seus próprios vultos...
Sonhos rimados, Sonhos moídos;

Sonhos ou insônias? Sonhos perdidos?
Não me importa!
São sonhos as margens do pasto;
Longe do curral do rebanho.
Sonhos de morte sonhos de vida!
Onde meu espírito é esculpido...
Tão estranhos!
Tão das entranhas;

sábado, 18 de outubro de 2008

“A” Carona

Olhem parou!
Vamos nessa! E esqueçam toda a pressa...
É um carro grande, vamos todos juntos nessa...
As rodas são de vento, é movida a musica e enfeitada de poesia....

Vamos essa é “A” carona!
Embarcamos rumo a um louco nada...
Daqui a existência é uma grande piada
Ou são os olhos nebulosos.

O vidro está embaçado e tem muita neblina na estrada.
Estamos descendo a colina.
Corremos risco de saúde e honra.

Em um próprio mundo de contos.
Aonde com outros mundos vamos nos deitar...
No motel onde a pura e o vil transam....
Onde os sentimentos dançam...

Sim.
Sim...
Essa é sim!
Sim, é “A” carona!
“O novo conserva nossa espécie.”

Por quanto tempo vamos negar as falhas?
Por quanto tempo vamos mentir?
Pra que nos enganar?
Por quanto tempo vamos mastigar navalhas?
Por toda uma vida; é o tempo pra consumir.
Vamos sempre é tempo de destruir para inovar!
Criar; chorar; sorrir.

Está tudo calmo demais!
Os palavrões são expressões ingênuas.
E a safadeza e a vulgaridade...
Tão banalizadas!
Despertar as paixões adormecidas!
Libertar o espírito! Manter-se vivo!

CARTA:

Ao Espírito Alienado

Você vive encravado de cabeça para baixo em uma fossa de ilusões. Irrita-se a tal ponto como meus dizeres que propaga gargalhadas arrogantes seguida de um julgamento ingênuo. Chama-me de louco e insano, tenta me condenar a uma terrível sentença engasgado com o lixo e com o luxo que quase o afoga. Não sabe que está nessa fossa!

Mais não se iluda, não quero despertar sua ira. Sim estou falando com você que julga insanidade esse meu louco pronunciamento. Com você que a essa altura do texto já não está entendendo absolutamente nada, mais perdôo a sua distração.

Isso! Esboce sua arrogância com esse arrogante sorriso que o faz respirar com mais dificuldade ainda. Opa! Desculpe-me, não se irrite; é que o sarcasmo é minha reação natural a sua ingênua ação.

Você vive me dizendo que é mais feliz para tentar se convencer pela repetição mais a minha felicidade está protegida por símbolos sombrios que inibe a ação de sua inveja
Mais são tantos mundos, tantos poços e tantas sentenças que às vezes você me puxa para baixo e eu mergulho. Sei que você não entende. Não o culpo, para você estou submerso de cabeça para baixo na sujeira. Vê-me como o asqueroso e nojento que nada com sorriso cínico e livre em meio ao nojo. Não me importo!
Só escrevo para me despedir.
Adeus!

CARTA:

Convite À Expressão
Amigo essas ilusões vão consumir sua alma, envolver seu desejos e dilacerar o seu espírito material. E seu exaltado sorriso será de uma sarcástica lembrança do início do fim de seu agora. Hei, eu me jogo na lira e no lírio com a vontade e curiosidade da infância e trago doses e mais doses de todos meus anseios e ânsias.
Vamos nessa! Agarremo-nos com as unhas na sinistra parede de metal. Escalemos; ela cerra tudo entre símbolos que ecoam na obscura névoa de fumaça ardendo em incerteza. Vamos amigos e nos apliquemos vida e viajaremos juntos. E agora escalamos cravando unhas e dentes.
E a literatura se deitou mais uma vez com a música e o canto dança por entre cordas, batuques e sopros numa transa assexuada. Assumindo, o conjunto, uma própria identidade, unido por uma comum vontade. Isso é algo novo ou apenas uma nova roupagem? E é sempre no agora que nunca vai embora que essa pergunta se faz.
Mais um circulo esta selado sem respostas ou exaltação. Juntos numa transa sensual entre um e outro. O brasão de nosso movimento é o absurdo tatuado em nossos espíritos. E nossas unhas e dentes sangram que escorrem até o chão. São córregos de vida enfeitando a intransponível muralha dos símbolos. Essa muralha de metal.

?

Estão confortáveis? Todos acomodadamente confortáveis?
Todos acomodados? Estão conscientemente acomodados?
Todos conscientes? Estão comodamente conscientes?
Conformados? Confortavelmente conformados?
Estão muitos! Estou tão...

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Humano do Progresso

O coração de concreto e pés de asfalto.
Nunca os descarrega na terra.
Sempre dentro de uniformes que se submete.
Com estomago de vidro e as mãos de plástico.
Nunca energizadas em uma árvore.
Não experimenta elixires de diferença.
Sempre o mesmo tanto, a mesma bebida...
Toma sempre a mesma dose de consciência.
Ser seu próprio carcereiro...
Essa é sua sentença!
Vê o diferente como ofensa,
sempre é bom cordeiro.
Pastando na maior das religiões:
“A fé no dinheiro”...
Tropeça em morais e razões...
Diante as outras percepções é mudo, sego e surdo.

Dois Cair da Noite

Dez mil cigarras gritam até a explosão, grilos com suas patas aos gritos! Pássaros encantam com o canto mais puro que qualquer mantra.

E lá vem a Deusa Prateada!
E ela vem é cheia!
Do tamanho da nossa ignorância.
Ouço as vozes das árvores; a ida do sol as une.
Agora é um único grande tronco rajado.
É o beijo da sombra com o vulto.
O ar é de natureza, é sereno, é vitalizante...
É belo o mistério ao cair do tempo oculto.


Motores esgoelam iluminados pelos postes e néons, pessoas trafegam entulhadas. As cigarras estão intoxicadas, grilos abafados, pássaros contaminados, pouco cantam...

Pessoas berram mais de um milhão de promessas.
A Deusa Prateada fica esquisita; vive ofuscada...
Pela nossa luz é condenada.
É esfera pálida entre véus de tijolos.
Ouço vozes dos mendigos, a desigualdade os une.
Agora é um único grande desespero acomodado.
O ar é pesado feito dor
É triste o horror ao cair do tempo sepulto.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Atordoado

Distrações ocupam o espírito.
Flutuava sossegado, agora rasteja preocupado.
Esquece-se que tudo é cíclico.
“Vejam o espírito atordoado.”
É um vulto confuso; em seu lar sente-se intruso.
Pelo muro está cercado.
“Vejam o espírito atordoado.”
Tropeça em si e cai de si; chora por si, esquece-se de rir.
Tudo esta turvo diante sua percepção.
Dança no ritmo das portas!
Ao tempo das crenças mortas; afinal; por aonde ele vai?
“Vejam o espírito atordoado.”
Só fala de sua própria solidão!
Caricatura rimas em vão...
Quem é que se importa?
Quem é que realmente importa?
Golpes do amor de ilustração ou o meu atordoado...

sábado, 11 de outubro de 2008

Aos Nobres

As estruturas aboliram a ruptura.
Os moralistas se firmam como artistas.
Os dualistas ainda se julgam nobres.
Numa cama de moral envaidecida.
Onde transam no escuro por um buraco no lençol.

Nobres reféns de sua própria tortura.
Chicoteados por verdades idealistas.
Com moral de tacho de cobre.
Transbordando a sobriedade entristecida.
Nobres tolos cheios de luz como fogo em paiol.

Os que arregalam os olhos em loucura.
Em indiferença a todos esses “...istas”.
Divertem-se com o novo entre o pobres.
Transam sob a luz do luar entorpecida .
Rolam nus pela grama; sem pudor e sem lençol.

Cultura Enlatada

Nas prateleiras.
Novidades repetidas; músicas revestidas.
Pobreza vendida; novo marginalizado.
Povo vomitando o difícil de ser digerido.

Engolindo sem mastigar refeições massificadas
num banquete de produções comerciais.
Enlatados culturais vendidos em supermercados.
Estão nas prateleiras sob o título: Kits

Meios de comunicação de massa;
não passam de ligeiras e vagas mensagens de fumaça.
Estou amassado nesse sistema do vai e vem.
Para a qual a maioria de nós diz amém.
Muitos acomodados em sofás empoeirados.
Donde pelo novo mostram todo desdém.
Assistindo a rotina na mesma caixa.
Ouvindo a papagaios nas rádios....

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Montanhas Estranhas


Estou em uma confortável rede amarrada a dois ciprestes centenários donde aprecio a paisagem mais deslumbrante que jamais sonhei.
Mais estou... E meu sonho agora parece estar para além daquelas montanhas.
Às Montanhas estranhas irei...
Imagino que lá estarei diante a outra paisagem jamais sonhada; de lá avistarei novas montanhas estranhas que almejarei.

domingo, 5 de outubro de 2008

Guie-se, Siga-se;

Siga ninguém, não se perca no rebanho, siga a si mesmo.
Mesmo sendo o mais estranho.
Guie ninguém, ao diabo com pastor e ovelha, guie a si mesmo.
Cada um é um universo e uma centelha.
Siga a si mesmo...
Guie a si mesmo....
Dentre a sombra da luz oculta, onde vidas nascem e se sepultam.
Dentre a claridade da pureza, onde se goza de toda a sutileza.
Entre o doce e o amargo, entre dia e a noite, entre o certo e o errado.
Entre o bem e o mal, entre a harmonia e o caos, entre tudo isso;
Entre, além disso.
Não tenha vergonha... De si mesmo.
Torna-te o que és... Livre do medo.

Alternação

No meio de toda a festa
Junto toda essa alegria
Lembre que tudo se alternará

Seus sorrisos entorpecidos
Cairão, num certo agora ....
Num absoluto esquecimento...
E o seu até então, exaltado espírito
Ardera nas chamas do tormento

A alternação é uma constante

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