segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Run, Run, Run!

Não,
não
somos aquilo que o mundo esperava meu amor!
Não queremos ou pouco nos lixamos!
Recusamos-nos, nós enfrentamos...
Queremos ser nós mesmos!

Vamos juntos... Sem medos, sem sustos,
Com a mascara de descaso
Protegendo nossos sorrisos sensíveis

Vamos cuspir, vamos vomitar!
Navegamos incertos e contra todos os ventos!
Alimentando-nos de nossos tormentos!
Bebemos nossos lamentos!
Vamos, vamos!
Com nosso prazer sem preço!
Com nosso preço de dor...
Com nossa rebeldia sem rancor!
Com nossa compreensão do amor!
Vamos! Vamos meu amor!
Rumo ao que flui!

Todos eles são apenas maus...
E nós os amamos como não podem suportar!
Como não podem compreender.
Vamos! Vamos meu amor! Vamos rumo ao nada
Ao nada que nos preenche!
Que nos leva a viver tudo novamente...
Como renascer ou se lembrar do futuro.

Temos tudo que nos aproxima,
que nos chama e nos inflama,
Não sejamos indecentes, não nos daremos ao luxo!
Não ao luxo de nos enquadrar,
pois assim estará perdido nosso brilho!
Aquele obscuro como o sorriso da noite...

Stranger, we are stranger my sweet baby! Stranger!
Somos mais e tão quanto todos e nenhum.
Somos e nos vemos!
Renegar, enfrentar, denegrir e insultar
para repousarmos protegidos.
Armados com nossa expressão,
lutando contra o vazio que nos cerca!



Já estava assim quando chegamos!
Mas não nos calamos!
E o amor poluído por obrigação
ronda os entes queridos
e sitiam todas as nossas cidades!
Seremos nós os loucos?
Os poetas?
Seremos nós, realmente, os malditos?

Estamos protegidos entre nós e por nossos amigos!
Pelos que inspiramos!

Zil

Numa casa sem teto,
Transa-se no tempo
Num tempo de Sol, de chuva e de Lua.

Quando frio, nos aquecemos.
No calor nos entregamos e
em nós podemos nos deixar...

Mas a cama molhou...
Está encharcada, fede!
as paredes se tornam desnecessárias
Foi tudo confusão?

sábado, 15 de janeiro de 2011

Lindos

(Charmosos, na rua o gozo de noites rock´n´roll...)

Nos olhos vidrados vendo passar o passado parado,
viver a continuidade do inacabado.
Viver o agora que deve ser vivido
Um amor para ser contemplado
O encontro, ou reencontro...
Ou talvez: nunca nos deixamos!

A gente encena, temos tempo.
Vivemos!
Temos personagens,
somos nossos atores,
Somos os diretores!
Temos a imagem de nossos desejos.
A resposta sem palavras para nossos anseios.

Vivemos o tempo...
O tempo corre da gente e respiramos.
E corremos junto ao tempo.
É nosso tempo! Sim, sim, nós vamos!
Vamos e foda-se se contra todos os ventos.


___________________________em parceria com Liz

Nós

Como se tivéssemos achado um lugar!
Como se nós tivéssemos um lugar!

Como se fosse preciso pensar para existir...
Não, não é preciso pensar para sentir.
Não quero entender, mato quem explicar!

Perdemos-nos em nossas almas...
Entre psicodélicos olhares
com toda euforia da calma,
com toda guerra da paz...

Como um agora já vivido
onde se imaginam os destinos.
Somos nosso lugar,
somos onde devemos estar!
Não quero entender,
vamos viver!
Chega de tentar explicar.

Sial

Abri as cortinas para seu show:
o show de tudo aquilo que não quero!
Ela vem cheia de vontade e desejos.
Parti-me, me divide...
Veio-a sedenta, ela é sedenta por desejos.
Desejos conturbados, não compreendidos!
Sufocados em baixo dos meus abismos.

Ela é descarada e tranqüila...
Ela entrou pela porta da frente!
Fez de tapete minhas virtudes,
enalteceu meus defeitos e
bateu a porta na saída!

Então vá, suma de minha vida!
Vá minha querida.
Que me corrói e me inspira!
Vá vadia!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Bom Dia Lua

Despertei e vesti minha roupa manchada de sonhos,
olhei o mundo com o que
sobrou em
minhas
veias.

Com sede de aproveitar melhor tudo
que carrego no corpo e alma.
Tudo que não agüenta dentro de mim
e deixo explodir,
como a vontade de acreditar!
Como a nescessidade de sentir!

Degustar as doses.
Pois aos excessos...
Já excedi e re-excedi!
Não quero definir medidas.
Mas não deixo dúvidas caladas
na gaveta de um móvel velho
e abandonado.

sem título 5

Antes dos significados,
de todos os signos,
antes dos mais antigos mitos.
Antes do certo e do errado,
antes mesmo das idéias e noções

Pois agora voamos acima do passado.
Vestidos de suas assas.
Inventando novos rumos...

Pois antes, antes de antes do nascer do Sol.
Antes do Sol ser Deus...
Quando tudo ainda o é...
Como sempre vive mudando
Indiferente do que
se explica
ou do que
se vê.

Industrialização Cultural

Nas taças ignóbeis:
destilados de ignorância!
É o banquete na festa dos porcos,
no chiqueiro dos homens...
É a pobreza da mesmice,
a infâmia da redundância.

Ditaram os passos e limitaram a dança.
Escolheram as drogas e cercaram as percepções!
Estipularam os heróis e os bandidos,
e os ritmos mais consumidos...

Restringem as criações!
Paixões empacotadas,
descartáveis e poluentes
como amores que podem ser suprimidos.

É tudo que tem nos dado: essa fabrica
do fácil de ser assimilado...
Do fácil de ser digerido!
Do fácil de vomitar!
do fácil de cuspir!

Um Lindo Embrulho!

Enfeite seus defeitos para se sufocar entre papeis e laços luminosos lendo um cartão de frases feitas...

Alguma Hora de Uma Noite Qualquer

Escrevi, estava confuso demais para dormir.
Não podia ver o tempo...
Era tempo de não vê-lo!
Preciso acordar, mas é preciso dormir?
E o tempo transforma as insônias.
Serão, ao amanhecer, ornamentos de simplicidade.
Inspirações para as buscas, catacumbas para o medo.
Sinto sono! A caneta encerra sua dança sob a luz da vela.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Ser de Seu Tempo!

Imagine uma energia caos harmônica e interativa que reage de acordo com cada tempo, viva o seu tempo e imagine. Olhe atrás dos antigos pilares das contestações, dentro do abismo que engole todas as verdades e seguranças. Procure em crenças já assimiladas, em poesias descartadas, nos ritmos ignorados ou em livros subestimados, e olhe em tudo que não foi condenado. Procure pela energia capaz de florir todas nossas perguntas num jardim de espinhos que protege e enfeita o nosso lar.

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