quinta-feira, 26 de abril de 2012

Antes da Explosão

Sou poeta!

Sou escravo da sombra 
Que projeta
Aquilo que tento ser...

Pois nada cresce
Na terra da perfeição!
Nada floresce
Em um lindo vaso artificial.

O que apetece?
Quero tudo e nada!
Quero a cura para bem e para o mal.

Um querer medíocre, tal qual harmonia...

Um querer semente e fruto de uma nova,
Intrigante e bela contradição.

Pois antes do próprio “início”,
Houve uma grande explosão!

Mas e antes:
Acredito que era mais que tudo e nada
Era mais que qualquer crença ou teoria:
Era tal qual arte, tal qual poesia!





terça-feira, 24 de abril de 2012

Cassino das Crenças

Apostei minha única ficha
Naquele que iria perder,
Apostei tudo em mim!
Pois eu sabia que queria perder...
Era tudo que eu queria ter!

A derrota amargando minha boca
A força ao se levantar após um fim

Perdi minha alma,
Perdi a condição de aposta
E agora não jogo...
Deixo-me em condição oposta...
Despido da alma de superstições,
Queimo todas as religiões...
Queimo todas as ciências!
Inclusive a semiótica.

Queimo as espiritualizações e razões
E as atiro às contradições
Das certezas dos homens...

Pois o tudo nunca coube na palavra!
Pois ao perder a aposta,
Vi que o tudo traga sem pressa.

Traga com um sarcasmo hilariante,
Englobando o nada e por ele sendo excluído.


Auto Ajuda?


Vão, vão, vão!
Vão juntos e todos!
Vão se lamentar menos!
Vão agir mais!
Vão ser mais confiantes!
Vão ser mais fortes!

Mas...
Adiante de ignóbeis
Versos de ajuda automática.
Adiante de conceitos móveis
De felicidade sistemática.

Onde dicas de beleza não...
São ...
Cura!

Quem não tem cicatrizes da amargura?
Quem consegue ver o charme das marcas?
Quem se olha e apenas às atura?
Quem assume que é de carne fraca?
Quem se entende animal?
Quem vê isso para além do bem ou do mal?
Quem vê além da convenção social?
Quem vê para além do todo e do próprio além?
Quem se limita ao julgo dos senhores das respostas?
Quem se limita à ajuda automática?

Quem procura o conforto das respostas?
Quem evita a constância das perguntas?

Quem somos nós?
Quem é cada um de nós?

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Vice Versa

Vice Versa

Construo sins sobre os nãos
que recebo de mãos 
beijadas...

Só não deixo a vontade calada
diante das montanhas
ou diante das encruzilhadas. 

Eu vou chorar,
vou sussurrar aos gritos 
com lágrimas de gargalhadas!

Pois só pode odiar, 
quem também é
capaz de amar. 


quarta-feira, 11 de abril de 2012

O Desistente Idealista

Um alguém que sabia apenas e só amar!

Um alguém que amava por demais
Alguém sem inimigos,

A não ser: “si mesmo”!
Pois esse alguém em si jaz,
Soterrado pelas trevas que o amor traz.

Um alguém que cava sua cova tranqüilo e a esmo!
Uma pérola que deve ser quebrada
Para revelar um misterioso segredo redundante
Por meio de toda sua ansiedade intolerante.

Por meio de todo o seu medo!

Essa é a história de quem apenas ama,
Pois está vazio demais para odiar,
Vazio por demais para se rebelar.

Um alguém digno de pena...
Que aceita a sina.
Um súdito de tudo que “o” assassina.
Alguém tão seguro
Quanto uma triste feição serena.

A Benção da Bruxa...

Recebemos, em uma noite tensa,
A doce presença de uma bruxa sutil.
Que se anunciou por sinais de luz
E chegou soltando fumaça,
Entoando cantigas esquecidas
Com uma melodia vil
Para o espanto da ameaça.

Ela beijou as feridas dela
E cuspiu todo o pus...
Eu limpei o chão com sabão
E Bom Bril.

Ascendi um incenso
Com um Pink Floyd.
O trabalho é intenso:
Ela se debate e
A bruxa a segura pela alma,
Ela chora e morde...

Gritos histéricos ressoaram em silencio
Por toda a minha caverna.
Para que todo mal que aqui emberna,
Morra dormindo,
Sonhando e sorrindo...

E a bruxa benzeu minha amada
E a levou para um mundo de magia...
Envolvida em um ritual profano,
Ela se limpou de toda culpa
E de todo medo.

E agora ela pode ter novas culpas!
E Pode Vamos para cima”

A bruxa, num trabalho psicológico antigo,
Mais que a própria ciência e seu sentido,
Deu sua vida em troca de nada e
Sujou-se com as maldições de minha amada
Sua alma alada e querida
Termina sua vinda
Gritando:
“Querida...
Livra-te!
Vamos para cima!”

sexta-feira, 6 de abril de 2012

O Estranho

Cativo-me naquilo que me foge!
Respiro-me quando me afoga,
Voo quando me jogo.
Arrasto-me ao cair,
Lágrimas do sorrir...

Enterrei o infinito!
Para o deleite dos vermes,
Deixo minha alma de derme,
Eu não posso tudo perder,
Pois o tudo... Ele nunca foi pra se ter.

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