terça-feira, 24 de abril de 2012

Cassino das Crenças

Apostei minha única ficha
Naquele que iria perder,
Apostei tudo em mim!
Pois eu sabia que queria perder...
Era tudo que eu queria ter!

A derrota amargando minha boca
A força ao se levantar após um fim

Perdi minha alma,
Perdi a condição de aposta
E agora não jogo...
Deixo-me em condição oposta...
Despido da alma de superstições,
Queimo todas as religiões...
Queimo todas as ciências!
Inclusive a semiótica.

Queimo as espiritualizações e razões
E as atiro às contradições
Das certezas dos homens...

Pois o tudo nunca coube na palavra!
Pois ao perder a aposta,
Vi que o tudo traga sem pressa.

Traga com um sarcasmo hilariante,
Englobando o nada e por ele sendo excluído.


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