Outro dia foi condenado,
Desejaram minha alma ao mais profundo abismo.
Julgaram-me em verdades outras,
Milhões de vozes condenam as poucas...
Fervorosos furiosos e armados!
Com sangue nos olhos vendados!
Acorrentados à algum dos paraísos,
Estuprados pela fé nua em racismos.
Neste dia os cordeiros enfrentaram um lobo
E fartaram a ceia da matilha.
O pastor correu feito louco,
Tentou convencer o lobo a pastar,
Mas mesmo que não para seu alimento
O lobo o matou sem ressentimento!
Os cordeiros, agora desorientados e perdidos,
Esperam pacíficos o raiar das próximas trevas
Esperam para serem devorados e abatidos...
Como sempre esperaram...
Mas agora tentam nos insultar:
“Seus animais perversos e pervertidos”
Contudo nós...
Continuamos a questionar tranquilos,
Sem nunca negarmos nossos instintos.
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