quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Chama vaidosa

Na fogueira do ego a força da união é cinza!
Soterra seus suspiros.
Suas aspirações.
Suas solidões.

Fogo que queima e não ilumina.
Triste chama que passa pela pele.
Que marca na alma...
Que a força repele.
Como viajem de cocaína.

Queima sem calma.
O espírito queima.
Queima, queima e queima!
Onde o eu se assassina.

O ego infla e a menor picada o estoura...
E o grito de sua fraqueza ressoa...
As chamas tomam todas as lavouras.
Afasta qualquer pessoa.
Chamas de fome duradoura.
Não pode ficar consigo.
Não se encontra, espantou seus amigos...

Para o ritual se apronta...
Mais a fogueira não ilumina.
É vaidosa, brasas duvidosas.
Faz dele apenas cinzas.
Queima e não ilumina.
Brasa impiedosa!
Chama vaidosa!
***

Um comentário:

. disse...

Incrível! Impactante, passa muito bem o sentimento que se quer expor! Parabéns, velho!

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