sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Festa da virada

Vejo a dedicação das pessoas às festas.
Principalmente às com datas marcadas.
Aquelas estipuladas, rotuladas.
Serão as datas da felicidade?
Serão momentos felizes?
Trabalhe, consuma, assuma.
Esse não é o rumo.

A felicidade não está nas prateleiras.
Nem tem hora marcada
Entre festas com fogos e bebedeiras.
Entre o aconchego de um violão na sarjeta
Não podemos datar... Não da pra precisar
Existe só a felicidade celebrada.
Sem data predeterminada.
E a festeje chovendo ou ao sol ardendo.

Esse é o dia...
É maior que qualquer festa da virada.
Sem essa cultura enlatada.
Chega de hora marcada, chega de festas esperadas.
Feliz inesperado!
Vamos que seja a qualquer momento celebrado.
Que a qualquer momento seja a hora da virada.

E alguns minutos depois os fogos cessam.
E a poesia continua... Como no ano passado.
A novidade não tem hora marcada.
É o inesperado.
È o novo.
***

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