domingo, 2 de maio de 2010

O Templo

Subo o mais alto morro e me diluo junto ao ar.
Observo onde vivo e contemplo todos os horizontes,
ouço as vozes das árvores, a música dos pássaros,
sou junto à sinfonia dos ventos.
Danço no bailado das folhas e galhos...
Encontro-me e me perco e faço meus momentos.
No sangue corre o ar que sustenta o vôo das aves.
Nos olhos estão as cores das borboletas e das flores.
No corpo de água que corre nas veias da Terra.

Sou o Sol que atravessa minha pele
e o vento que a refresca, ressoa, inspira...
Estou no templo,
sou junto a tudo no templo,
um templo de todos os povos:
de terra, ar, fogo, água, átomos, peles e ossos.
E de além de interpretações ou elementos
O templo de corpo, de mundo, de universo!
Sem forma e com todas elas,
parado e em constante movimento
É o verso e o inverso de tudo e de nada
Onde as doutrinas não são...
Pois a abolição de ícones e altares
deu-se na sedução do brilho áureo
que refletiu o mensageiro da morte...

Um comentário:

Anônimo disse...

Como vc pode fazer poesias tao maravilhosas,que falam exatamente tudo que penso??como pode ,por onde vc anda que nao é ao meu lado??

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