domingo, 30 de maio de 2010

Viagem Entre as Estrelas

Vejo estrelas no céu, as vejo pelo chão.
E ela preste a ficar cheia.
Eu esparramado no vão.
Fumando minha última ilusão?
Quieto e calado, gritando aos horizontes.

Tragado pelos desejos.
Aniquilado e tremulo
chamando um amor que não vejo.

Venha meu amor, venha!

Olho as pessoas voando...
Próximas das estrelas!
Assim como eu
estão mais próximas das que estão no chão.

Escute o chamado do desconhecido.
Sinta o frio na calada da realidade:
quem não admira as estrelas do céu?
Quem as atira ao chão?

O rosto é o véu.
O meu próprio réu.
Condeno-me a justiça sem leis!
Ao mundo sem povo e sem rei!

Está entre a Terra e a Lua...

Na minha cabeça e na sua...

Procurar o caminho para mim mesmo,
Esquecer-me entre mudanças e segredos
Aliviar-me por sentir medo...
Excessos e desapegos arrastados.
Trilhas em infernos e paraísos!
E em terrenos não tão simplificados.

Passar por onde fui levado.
Nem inocente nem culpado,
sem anjos ou diabos...
E muito mais que apenas dois lados

Ter a ausência do saber,
Enxergar os horizontes...
Qual o caminho correto a escolher?
Talvez seja pelas encruzilhadas...
Certezas variadas...
Incertezas incontidas...

No tempo de mudanças aceleradas,
assim como sempre foram vistos os tempos passados:
corpos, almas e espíritos mal tratados, esfolados.

Verdades e mentiras coladas, fundidas, ferradas!
Do que vou me arrepender?
Ó sim, de me arrepender!

Devo me prender?
Sinto-me vagando prisioneiro da busca por liberdade...
Entre verdades estarrecidas, imaculadas, envelhecidas.

Como estar perdido sem ter me encontrado?
Por anos tenho flutuado entre portas escancaradas.
Sobre poesias antigas e pelos buracos das fechaduras
Mas quero que algo novo se revele
para mim ao menos uma vez...

Não me lembro de poder ter escolhido...
Porém me vejo escolhendo!
Depois de ter percorrido
os atalhos e seus caminhos
Por meus desertos e
com multidões de um mundo vazio!

Mas após agora...
Como será a próximo minuto?
A seguinte hora, quando será outrora?
Será que está sendo agora?

Talvez nos anos ou séculos depois de eu ir embora
Preciso da luz...
Além de tudo e além de nada de fé!
Além o que será que tem?
Espécies e coisas que não compreendo.
Algo com muito esplendor.
Ao mesmo tempo, livre de velhas crenças,
livre de fúteis sistemas de recompensas...

Preciso de uma idéia?

Talvez uma idéia de imanência...
Sem a ferrugem da transcendência e o mofo da onipotência.

Bom, foi-se o medo da infecção.
Livro-me da doença dos
castigos e das benções.

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