domingo, 30 de maio de 2010

Noite em Claro

Além da singularidade.
No infinito passado.
O futuro deságua no presente
O passado evapora de suas águas.
Desperto de madrugada,
São os gritos da rocha reluzente...
São os ecos de palavras ainda não ditas...
Entre páginas e páginas arrancadas.
O frio anuncia o astro nascente.
Vem comendo silêncio...
Pássaros despertando a música.
E ele vem incandescente,
Vem banhar os sapos
homens, ratos e serpentes.

Em claro na madrugada
Percepção, visão e vontades
Tédio, insegurança, medo
A pele enrugada, a grana a ser suada,
a devida, a perdida...
O medo da morte, o pavor da vida...
Acorda na calada.
Dependurado, os sonhos quebrados...
Todo além esquecido
Possibilidades enterradas
Acordado para que tudo possa ser lembrado.

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