domingo, 30 de maio de 2010

Dionísio Bar e Música

Desprende-te – flua: vá!
Absinto recende, ascende.
Acorda para uma ilusão inigualável.
Razão sobre as plumas
Assim, apenas esverdeado...
Quais as buscas?
Ilusões dissolvidas!
Tragadas junto aos doces...
Flambadas, diluídas.
Absinto!
Absente-se?
Sinto-me!
Estrada distorcida,
Maveco envenenado na descida!

Arcaico? Não! Antigo:
para falar a verdade sobre o que digo:
lucidez se vai perdida entre curvas sinuosas.
Escondidas em retas intermináveis.

Que eu me ame e me odeio...
Que eu me queira e que me exclua!
O eu de seu verde ventre.
Que me mata e que me pariu:
o eu se viu de olhos cegos em liberdades...
Liberdades de grades, reações, ações...
Potências, vontades!

Um diamante do pensamento,
uma noite de loucuras,
de amores mais doces e outras travessuras!

Com um amanhecer ainda iludido,
sonhado e dormindo...
Sempre procurando em sólidos e líquidos:
amarelos, verdes, caramelos...
Em sons coloridos e em baixo de vestidos
Dizer até logo ao tédio cheio de razão
Jogar-me no vão entre os sentidos...

E o tédio está esquecido...
Deletado.
Lindas garotas dançando Pink Floyd
Idas sem voltas, voltas sem idas.
Uma dança sinuosa...
A beleza discreta escancarada
Sinuosa escura:
verde fogo luminoso.
Onde me perco
Onde me sinto:
“Garçom, por favor! Mais uma dose!"
“Sim, ab-sinto!”

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