segunda-feira, 26 de abril de 2010

A Rainha do Desconhecido

Tenho medo!
Temo fechar os olhos diante seu encontro.
Medo de não degustar meu tempo.
Temo não ter tentado.
Não quero tremer quando ela chegar.
Temo não estar livre para me entregar.
Não ver a beleza!
Medo de como ato último... Eu...
Renuncie a natureza.

Temo temer o medo...

De quanto tempo tenho ou
melhor: quanto ele me tem?

O que nos mantêm realmente...
Realmente vivos?

Quando verei nossa Rainha?
Quando ela virá com a certeza?
Nossa temida certeza...

Quero olhá-la nos olhos,
não desviar o olhar,
Sem horror.
Quero admirá-la!
Ela fará uma visita a sua morada...
Não adianta fingir que não está...
Ela saberá, pois também mora lá!
Ao sentir seu toque: abraços, beijos,
amigos, sonhos, paixões amores e aventuras...
É tudo que vai deixar antes de se
integrar ao inimaginável.

Que eu não trema, que eu sinta!
Tempo que tenho: tempo que desdenho!
Onde só escrevo ou onde imagino,
quando estou no meu tempo!

Tempo que me passa como vento.
Cortando os dias onde eu tento e atento!
Explodo-me e me arrebento!
Contudo e além mesmo depois de tudo!
Entretanto e mais um pouco antes de qualquer coisa,
veremos a rainha até então desconhecida...
Mas é como uma princesa.
Inimiga ou amiga...
Criada nos campos entre paz e guerra...
Entre trevas, morte, esperança e vida.

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