quarta-feira, 28 de abril de 2010

Entrega

Restringidos pelo engrena.
Prisioneiros das horas.
Reféns da canseira do descanso
e de desculpas esfarrapadas.
Mantemos a alma calada.
A expressão cansada.
Mas chega!
Não mais me ensurdece...
Não mais me cega...
E no tempo que não sobra, mergulho na obra...
Dos minutos na privada, das horas de joelhos.
Todo o ócio sagrado, do verão ao inverno.
Do céu ao inferno...
Ou em qualquer outro lugar de superstição

Escrita, estimada, amada,
vadia, amiga, carrasca, santificada!
Quando em ti, escorrem-se as horas...
O tempo desliza derretido...
E ele desiste...
O espírito se perde... Pluraliza!

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