sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Aos Pregadores de Jornal

Deitado sobre os pés,
pairando sobre a própria cabeça,
mergulho no mundo que rodeia.
Penso antes que esqueça.

Desatam-se os nós dos dedos.
Esticam-se os pensamentos.
Questionam-se os medos.
Enxerga mais que pelos espelhos.
Lê o livro dos erros e acertos
despreocupado com julgamentos,
inviolável por seus tormentos...

Caminha-se em mares?
Ou interpretam-se as marés?
Saltemos com nossas mãos
sobre os abismos do sim e não.
Pode-se morrer entre os saltos...
Mas só vivem aqueles que estão lá no alto!

Tudo preso a uma:
uma única mitologia!
Erguem-se muros de lamentos.
Fecham-se os cercos dos arrependimentos.
É o fim da imaginação,
são os limites da subconsciência.
Ali se enceram os questionamentos.
E elas, essas nossas musas sublimes,
passam a ser meretrizes.
Putas expressões de indecências.
Eterna decadência.

Veja a fenda dimensional...
Um buraco no meio do bem e do mal.
Uma fada vestida de magia ou fé...

Nus, transpiramos beleza!
Amando, nos entregamos a natureza!

Murcharam-se um pouco mais
os gurus e pastores, pois se esgotou mais
um dos seguidores, e se encerra outro pregador.

Uma sinfonia com notas sem pudor!
Uma toda e só minha magia...
Que questiono e altero,
rasuro minhas páginas e minhas partituras.
As crenças, as parábolas e poesias

Vivam os meus baixos e minhas alturas
Uma metamorfose de todos os dias:
Uma toda e só minha fé...
Isso é tudo que lhe digo...
E quanto as sua:
nem quero saber qual é.

Um comentário:

Karina Duprat disse...

As vezes eu fico me perguntando como seria a nossa vida sem a poesia, a música, a pintura, o teatro ... são por causa deles que eu ainda aguento o rojão!

Gostei daqui, me inspira.

Saudações.

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