segunda-feira, 16 de julho de 2007

A Saudade e a Pedra.

Esbarramos à pedra, o estomago aperta as lágrimas contra os olhos. A pesada pedra carrega histórias, músicas, conversas, brigas idiotas, lições, sermões, coisas grandes e pequenas, viagens, conselhos, amizade, bobagens.

A pedra rola encosta abaixo! Chega inteira, eterna, ao contrário de toda aquela poeira que nos impede de respirar. Tossir e reprimir. É tão difícil pensar!
Porque partiu? Porque? Droga! Vamos ter que voltar a sorrir?

Afinal, todos têm uma hora de ir. Como será: Desconforto da saudade eterna ou conforto eterno da saudade? Seja como for! Desconforto confortável... Confortável desconforto... Seja como for, as lembranças seguirão vivas, eternas e de mãos dadas com a saudade.

Vai sol e vem lua, vai lua e vem sol! Vem sol e vai lua, vem lua e vai sol. Vão sóis e venham luas, vão luas e venham sóis!

Encostamos à pedra, o estômago aperta as lágrimas contra os olhos. A pedra esta na planície, os dias a encravaram no solo, agora podemos nos lembrar das músicas, conversas, conselhos, brigas idiotas e tudo mais sem perder a respiração, toda a poeira voltou ao chão.

Já tem ar, podemos suspirar para lembrar e nada atrapalha a respiração. São tantos suspiros cheios de saudade, amor e inspiração!

Então em outro lugar esbarraremos em outra pedra e ela rolará. Chegará inteira mais levantará outro tanto de poeira. As pedras rolam pela encosta da Morte, na terra da Vida! Chegam lá em baixo inteiras, são eternas, ao contrário de toda aquela poeira!

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