segunda-feira, 16 de julho de 2007

Bêbado Sem Graça

Tudo sai do mesmo lugar, todas as ruas levam a um altar ... De ouro, pedra e madeira. Elas estão sempre presentes e nunca de brincadeira, onde demônios vestem-se de branco e possuem rostos amigáveis, onde fiéis assinam o contrato com letras miúdas e inquestionáveis.

Todos andam em círculos, não pensam pra onde vão. Pessoas julgam e são vítimas do próprio veneno. A desigualdade encontra-se em violência gerada pela ignorância e repúdio.

E veja lá, do outro lado da praça, pobre e mal falado bêbado sem graça. Que enche de sentido e graça a vida das pessoas que vivem a circular nas ruas circulares sem mudanças de ares.

Os gabinetes do executivo, legislativo e judiciário estão ao redor da praça. Corrupção regional com o aval estadual e federal. Todos estão calados se esforçando ao máximo para movimentar o moinho. Todos quietos recebendo como pagamento água e capim além de muitas chicotadas de carinho. Pessoas que acreditam estar no controle apertam o cabresto entre os dentes totalmente inconscientes.

E veja lá, do outro lado da praça. Pobre mal falado bêbado sem graça. Que inspira sentido e graça na vida das pessoas que vivem a circular nas ruas circulares, sem mudanças de ares.

Roupas usando pessoas e carros guiando motoristas buscam olhares.
Pobre mal falado bêbado sem graça. Que enche de sentido e graça a vida das pessoas que pagam pela salvação. Bêbado sem graça, lá, do outro lado da praça. Declama estes versos. Sua obra o diverte. Sabe porque está inerte.

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