sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Sonhos de pesadelos.


Sonhou costurar palavras,
tecer frases,
sonhou escrever poesias
cheias de certezas, recheadas
apenas e sempre com as
velhas noções de beleza.
Sonhou ser raso, suficientemente
raso para atingir as profundezas
das massas. Sonhou um pesadelo!
O pesadelo de um mundo
sem medo e sem incertezas.
O pesadelo de uma vida
ideal, um distúrbio fruto do
doce venenoso do "Deus Capital".
Sonhou um pesadelo
ideal. Mas, só após
despertar pôde vislumbrar
toda aquela perfeição como
algo fútil, algo muito aquém
do além da experiência real.

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