sábado, 31 de dezembro de 2011

À Comunhão da Fé

Não quero ser compreendido
Nunca quis, e se um dia o for: mudarei!
Minha alma está morta,
Morreu por nunca ter nascido.
Não acredito em anjos ou nestes tais caídos,
Pois para mim eles nunca voaram
De meu universo estão todos abstraídos
Engolidos, digeridos e cagados.

Não posso ser um mero filho banido ou renegado
Pois já sei que todos os pais foram inventados
Não tenho saco para ser mais um dos arrependidos
E eu não odeio, temo ou amo Este ou Aquele
Pois Eles sempre foram um,
Sempre foram o mesmo e nenhum

Diante do julgamento dos temerosos,
Sob as injúrias de qualquer crente,
Estaria eu condenado a um inferno
E banido de uma existência ascendente

Mas sou parte de um todo ou de um nada
Nem acima, nem a baixo, nem pra trás nem pra frente
Não estou nos contos da verdade e nem nas leis dos que mentem
Para mim, só o nada é capaz de explicar tudo, que não só eu,
Mas que todos experimentam e sentem...

Sim, sim, o meu nada é seu Deus
E sua fé é minha fraqueza
E teu medo é minha força
Pois eu sou tudo aquilo que penso.
Tudo aquilo que não compreende...

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