quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Instituições Imaculadas.

Negam-se as religiões!
Pois já bebemos muito além do vinho.
Negam e adoram como se troca de roupa.
Tiram e vestem a mesma ou outras...
Pois nós ficamos nus!
Já desencanamos e
tomamos bem do meio do nosso cu.

Fodidos pelo completo vazio suicida,
um cheiro de morte!
Violentados na suruba dos deuses...
Reféns da Igreja, das ciências,
de todo o engano de nossas certezas,
de toda calúnia de nossas crenças!
Os remédios, os venenos,
hóstias mágicas dos laboratórios:
os patrões dos analistas...
A repressão pós-ditatorial.

Já sonhei com infernos e temi paraísos!
Masturbei-me escondido dos santos,
cobria a imagem da virgem...
Tive vergonha do desejo.
Temi meus instintos!
Temi a natureza e seus ventos,
suas correntezas.
Trai o mundo para esperar isso ou aquilo.

Sem santos ou pecadores.
Sem medida para a normalidade,
Sem medida para a loucura...
Vivemos em tantas alturas.

Serve-se hoje um cálice de indiferença.
No banquete onde degustam carteiras,
cabeças, coração e almas...

Todos beberam e comeram:
Todos pediram e se lamentaram,
estavam bem vestidos...
No altar um homem pálido fantasiado de pop star sarado...
A missa animada! Seu sermão é doce...
Tão quanto os milênios de culpa!

Todos estavam com a roupa de domingo!
A poesia é recitada: a digestão é difícil, muitos vomitam.
Alguns as seco, engolem!
Vejo amigos! Eles digerem,
alimentam-se, me satisfazem!

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