segunda-feira, 11 de agosto de 2008

A TORRE DO AMOR

Gritos cantados ecoam entre as serras violentadas. Gememos em liberdade unida num só corpo; meto toda minha energia! Submersos entre puras e escassas árvores, ofegantes nos embriagamos com o cheiro da lua. Satisfazemos-nos em suspiros melados de prazer que escorrem pelas suas pernas suadas. Vivemos um momento sagrado onde profanamos juras de amor eternas.

Recito-lhe poemas sacanas
Esculpidos em palavras de diamantes,
Poesias nuas em loucuras insanas
Junto a sons pesados e delirantes.
Além de todas as coisas mundanas.

E temos a paixão, por hora...
Será que vamos nos conhecer melhor?
O que nós temos bom? O que temos nós de pior?
E agora você só se perde e me ama!
E eu lhe mostro onde meu eu mora.
Vamos nos ver além de todo esse suor.
Até o fim de uma nova aurora!

Vamos descer a serra violentada...
Altar de amores para o todo e para o nada...
Vamos descer até meu povoado.
Vamos nos jogar pra tudo que é lado.
Meter-nos entre os costumes infeccionados.

Sei até a descida e nada sobre o resto da vida
Como saber se não vamos nos enganar?
Mas que se foda! Estamos juntos agora!
Sem as mentiras entre nós, minha querida...
Vamos em busca de onde a gente mora.
Vamos nessa, vamos juntos embora!


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