Sonhei com um poeta
cruzando
a avenida
que corta
toda cidade.
Desnudo da cintura para cima, trajando
botas e jeans, caminhava na solidão
munido com uma garrafa de um whisky barato,
um cigarro acesso entre os dedos,
um segundo aguardando atrás da orelha.
O poeta, durante seu elegante caminhar
disforme,
declamava palavras compostas ao vento,
uma poesia tão linda que,
por alguns segundos,
fez tudo no mundo fazer sentido.
Acordei com o barulho da garrafa
explodindo no chão!
Saltei da cama,
abri a janela e vi o vão:
deparei comigo mesmo
protagonizando
toda aquela situação.
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